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Homicídio qualificado

Delegado fará acareação entre amante e marido para elucidar morte de grávida

Agência Estado
09 abr 2014 às 14:49

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O delegado-titular da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, Wellington Vieira, fará uma acareação entre Flávia da Silva Ramos, de 33 anos, e Rodrigo Folly Cuzzuol, de 36, nesta quarta-feira, 09. Amante de Cuzzuol, Flávia é acusada de participar da morte de Suelen de Souza Teles, de 26, com quem ele era casado. Flávia estava grávida de seis meses.

A principal divergência entre os dois é sobre uma possível gravidez de Flávia, que tem endometriose e teria dificuldade para engravidar. Em depoimento, Cuzzuol disse que viu um exame de gravidez com o nome da amante, mas negou que o filho fosse dele. Flávia era prostituta e cafetina e eles eram amantes há pelo menos oito meses. O delegado vai solicitar novo exame de gravidez.

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"Fui vítima desse relacionamento, dessa pessoa que assassinou minha esposa e meu bebê por inveja, não tenho absolutamente nada a ver com isso", garantiu Rodrigo, que afirmou que estava tentando se afastar da amante.

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Nessa terça-feira, 08, Flávia teve a prisão temporária decretada por 30 dias por homicídio duplamente qualificado, logo após prestar depoimento na Divisão de Homicídios. O delegado Vieira pedirá a prisão temporária da suspeita.

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A polícia ainda investiga se ela foi a mandante ou se participou da execução do crime. Cuzzuol é tratado como testemunha. A principal hipótese investigada pela polícia é crime passional, mas homicídio ou latrocínio não são descartados. "Temos uma mulher que se declarou apaixonada pelo Rodrigo e testemunhas que disseram que ela tinha uma obsessão, uma paixão doentia por ele", afirmou o delegado Vieira.


Há cerca de dez dias, Flávia pediu que Cuzzuol a acompanhasse até uma clínica de aborto. No mesmo dia, uma amiga da amante, identificada apenas como Ana Paula, teria ido até a casa de Suelen "para conversar". Os policiais querem saber se durante a visita Ana Paula fez alguma ameaça ou se foi até o local para colher informações sobre a casa e o dia a dia na vila onde o casal morava.


"Diversas pessoas disseram que Suelen era inocente e deixava qualquer pessoa entrar na casa. Isso pode ter sido usado para conhecer casa", disse o delegado. Em depoimento, diversas testemunhas confirmaram que Suelen vinha sofrendo ameaças, inclusive por mensagens de texto no celular.

Suelen foi morta na manhã de segunda-feira, 07, na própria casa, no bairro Trindade, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. O corpo foi encontrado pela sogra dela, com um corte no pescoço. Testemunhas disseram ter visto dois homens deixando a vila com duas sacolas pretas nas mãos. Nada de valor foi levado, apenas algumas roupas de Rodrigo. O sigilo telefônico dos envolvidos será quebrado para ajudar nas investigações.


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