Presos das galerias 31 e 32 da Casa de Custódia de Maringá (Norte do Paraná) fazem uma rebelião na unidade desde as 15h desta segunda-feira (29). Sete agentes penitenciários foram feitos reféns pelos detentos - um deles foi liberado por volta das 17h e encaminhado ao Hospital Metropolitano de Sarandi após ser ferido por golpes de estoque, uma arma feita pelos próprios internos com pedaços de ferro e outros materiais. O agente passa bem.
Os rebelados teriam tentado subir no telhado do presídio, mas acabaram impedidos pela Polícia Militar. Cerca de 90 presos participam do motim, conforme informações da Casa de Custódia. Um dos presidiários foi liberado no final da tarde de uma das galerias amotinadas por complicações médicas decorrentes da diabetes. Ele foi atendido na enfermaria do presídio.
Pouco antes das 21h, uma carta com as reivindicações foi divulgada pelos presos. Eles pedem livre acesso aos corredores, remissão das penas, materiais para a manufatura de artesanato, melhorias na alimentação, aumento da assistência social e jurídica e mais respeito às visitas e famílias. Não há nenhum pedido de transferências no documento.
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Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e uma irmã que presta serviços religiosos na Casa de Custódia foram solicitados pelos detentos e chegaram ao local por volta das 20h30. Eles participam das negociações ao lado da Polícia Militar, que está no local com cerca de 40 homens, entre eles um efetivo do Batalhão de Choque de Londrina.
A invasão da Casa de Custódia por parte da PM não estava descartada até as 22h desta segunda-feira (29).
Atualmente, a penitenciária abriga 636 presos em um espaço para 654.
(matéria atualizada às 22h com informações da repórter Antoniele Luciano, da Folha de Londrina)