A Justiça determinou a transferência do empresário Alexandre Cardoso Simão, acusado de chefiar um esquema de exploração de jogos em máquinas caça-níqueis em Cornélio Procópio, para o Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Londrina. Depois de passar cerca de 45 dias em uma unidade especial da Polícia Militar em Cornélio, ele foi trazido para o CDR na noite de quinta-feira (10).
Simão foi preso em 25 de junho e ficou quase um mês no CDR. Seu advogado conseguiu a transferência para unidade da PM – uma casa próximo ao apartamento dos familiares do empresário que ficava todo o dia com portas e janelas abertas. Somente depois de muitos pedidos, finalmente a Justiça autorizou a remoção. Alexandre Simão tem curso superior e está em uma cela especial no CDR.
Corrupção policial
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O pedido de remoção foi feito pelo promotor Cláudio Esteves, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), que investigou o esquema e pediu a prisão de Simão. Com ele, foram presas outras seis pessoas, sendo dois policiais civis, que teriam cedido a suborno do empresário. A intenção da propina seria impedir que a polícia atuasse contra o esquema de jogos proibidos.
Foi justamente por esta estreita ligação com a polícia de Cornélio que motivou o promotor pediu a remoção de Alexandre Simão. Cláudio Esteves disse ao Bonde que contra o empresário foram narrados 18 fatos de corrupção ativa e, na prisão especial da PM em Cornélio, poderia continuar exercendo influência sobre os policias civis.