O Ministério Público do Paraná, por meio do Núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu na segunda-feira (10) denúncia contra dez pessoas investigadas na Operação Guanabara pelos crimes de associação criminosa, contravenções penais relacionadas a jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Conforme as apurações, os denunciados se dedicavam havia anos à exploração de jogos de azar e, para a prática dos ilícitos, se organizavam de forma “empresarial”, ou seja, cada integrante possuía uma função específica no grupo, seja na parte operacional das contravenções, seja na lavagem dos valores decorrentes da prática. Alguns integrantes eram responsáveis pela operacionalização dos jogos ilegais, realizando o contato e o suporte aos estabelecimentos comerciais em que os jogos eram realizados e pelo recolhimento do dinheiro.
Outros envolvidos eram responsáveis pela lavagem do dinheiro obtido ilegalmente, com a constituição e manutenção de empresas fantasmas utilizadas para “esquentar” os ativos oriundos das práticas ilícitas, bem como para registrar imóveis e veículos adquiridos com o dinheiro obtido.
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Durante o cumprimento de ordens judiciais de busca, chegou a ser apreendida uma espécie de “laboratório do crime”, onde eram programadas máquinas caça-níqueis e jogos. Além disso, há indícios de que o local funcionaria como ponto de distribuição de lucros e central de lavagem de ativos.
No oferecimento da denúncia, também foi requerido pelo Ministério Público o perdimento de R$ 4,5 milhões, sem prejuízo de eventual imposição de pagamento por danos materiais e morais, além da perda de oito imóveis, três veículos e valores relacionados direta ou indiretamente à prática dos crimes de lavagem de ativos.
A ação penal tramitará junto à 2ª Vara criminal de Londrina.