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Criminalidade

Gangues travam guerra sangrenta em Telêmaco Borba

Redação Bonde
08 nov 2007 às 08:55

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A promessa de emprego fácil e de bons salários atraiu milhares de pessoas para o município de Telêmaco Borba nos últimos anos. Mas a falta de qualificação inflou bolsões de pobreza, o que trouxe reflexos à segurança pública no município, que já registra mais homicídios neste ano do que em todo o ano passado. Os jovens sem emprego buscaram se fortalecer unindo-se em gangues que, hoje, estão em pé de guerra.

Segundo a Polícia Civil, em 2007, o número de homicídios registrados até agora é 16, dois a mais do que o acumulado no ano passado inteiro. Para o delegado-chefe da 18ª Subdivisão Policial de Telêmaco, Jorge Luís Wolker, os números indicam que o município perdeu a inocência de tempos atrás e agora tem que lidar com a criminalidade crescente como toda e qualquer cidade de médio e grande porte. ''Telêmaco virou um eldorado e muita gente veio para a cidade. Acabaram invadindo terrenos e se afavelando porque não conseguem emprego por causa da falta de qualificação'', opinou.

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Neste cenário, as gangues encontraram combustível para se fortalecerem, principalmente, a partir do ano passado. Excluídos nas áreas periféricas, os jovens de comunidades distintas passaram a medir forças para dominar territórios. Os grupos seriam, em sua maioria, formados por adolescentes.

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O delegado apontou que existem diversas gangues em ação mas as maiores e mais problemáticas seriam a da Área 1 e da Marinha. ''Dos 16 homicídios do ano, apenas três são lamentáveis. Os outros 13 tiveram envolvimentos das gangues, tanto autores como vítimas'', comentou Wolker.


Responsável maior pela investigação dos crimes praticados no município, Wolker informou que quase a totalidade dos homicídios praticados neste ano foi esclarecida e os autores formalmente acusados. O delegado exemplificou que dos três homicídios e uma tentativa registrados no último final de semana, dois teriam relação com a guerra entre as gangues. Wolker garantiu, porém, que a polícia continua trabalhando para acabar com o conflito.

Folha de Londrina


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