Na tarde de quarta-feira (23) um homem foi preso andando nu pelas cercanias de um canavial e admitiu ter participado de um crime ocorrido pela madrugada. O caso aconteceu em Cambará (22 km a noroeste de Jacarezinho), durante a madrugada uma família foi feita refém dentro da própria casa em um sítio por sete assaltantes encapuzados. Os bandidos ligaram para os familiares das vítimas exigindo uma quantia de R$ 10 mil para libertação todos.
Informada pela vizinhança, a PM foi acionada para ir ao local, mas quando chegaram os bandidos já haviam ido embora carregando diversos objetos de valor da casa. Antes da polícia, um vizinho perseguiu os bandidos com uma camionete e acabou batendo propositalmente na traseira de um Kadet onde estavam eles. Houve disparos de arma de fogo que, felizmente, não acertaram o vizinho que tentou evitar a fuga.
Com a colisão, os bandidos se embrenharam no meio do canavial e acabaram se dividindo. Um deles ficou sozinho com o Kadet. A polícia chegou a ele através de informações de outros vizinhos, como o homem não era da região acabou se perdendo no canavial, dessa forma todos seus passos eram informados.
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Fechado o cerco, o bandido tentou um artifício para persuadir os policiais. Ele foi encontrado andando nu e, quando foi detido, afirmou que era doente mental. Por causa do atentado violento ao pudor o homem foi preso, mas ainda na viatura, após averiguação, ele admitiu ter participado do sequestro da família. Na delegacia, o vizinho que bateu de camionete no carro reconheceu-o como sendo o motorista do Kadet.
Dentro do carro, que também foi apreendido, foram encontrados vários pertences da família, além de capuzes, munição e duas armas: uma espingarda e um revólver calibre 32.
Paulo Rogério de Lima, 30 anos, foi levado para a Delegacia de Cambará onde confessou que o crime foi encomendado, já que a quadrilha era oriunda do estado de São Paulo, e tinham ido a Cambará justamente para isso.
O tenente Márcio Jaquetti revelou que na abordagem, o detido falou que já tinha passagem pela polícia no estado de São Paulo por tratar-se de um doente mental, mas o levantamento da polícia constatou que a passagem tinha sido por furto. Paulo foi enquadrado pelo crime de formação de quadrilha entre outras qualificações.