Exame em arcada dentária feito pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda-feira comprovou que o corpo em estágio de putrefação avançado encontrado em matagal em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, no último sábado, era da estudante Joyce Katolik de Vitte, de 18 anos. Com isso, sobe para 17 o número de mulheres vítimas da série de assassinatos macabros que vêm ocorrendo naquela cidade desde outubro de 1999.
Como a maioria das vítimas, Joyce foi encontrada com a calcinha arriada. Ela estava desaparecida desde 16 de março, um sábado em que saiu para dançar na companhia de amigas em um local chamado Cancha, no Bairro Botiatuvinha. A moça foi localizada a oito metros da Cancha.
Ela teria saído sozinha da danceteria na madrugada em que foi assassinada. Há indícios de que tenha sido morta por asfixia provocada por estrangulamento. Essa também foi a causa da morte das outras mulheres.
Leia mais:
Homem condenado por estupro contra própria enteada é preso em Maringá
Homem é preso ao ser flagrado com 26 pés de maconha que plantou no quintal em Cambira
Promotores acusam juíza de cometer abusos em investigação relacionada a Gusttavo Lima
Motorista de caminhão é preso após acidente com morte em Siqueira Campos
Informações extra-oficiais dão conta de que Joyce era garota de programa. ''A semelhança entre as vítimas é que elas levavam uma vida desregrada. Tinham vários namorados ou eram prostitutas'', contou a delegada Vanessa Alice, designada para apurar os homicídios das mulheres.
Para a delegada, as mulheres estão sendo vítimas de ''queima de arquivo'', por saberem demais a respeito dos homens com quem se relacionavam, que estariam envolvidos com o crime organizado.
A população do município está amedrontada. ''Tenho dificuldade em prender os autores porque as testemunhas se negam a assinar os autos. Elas estão sendo ameaçadas'', desabafou. Disse que só pode garantir sigilo no inquérito. ''Não posso disponibilizar proteção 24 horas por dia e isso está dificultando o meu trabalho'', concluiu.