A Justiça do Rio revogou a prisão de 24 dos 40 policiais militares presos em setembro e outubro em duas operações distintas, coordenadas pelo Ministério Público. Dentre eles estão o tenente-coronel Dayzer Corpas Maciel, que comandava o 17ª BPM (Ilha do Governador) e o ex-comandante de Operações Especiais da PM, coronel Alexandre Fontenelle.
Corpas Maciel foi um dos alvos da operação Ave de Rapina, que prendeu 16 PMs acusados de extorquir dinheiro de traficantes da Ilha do Governador. Segundo as investigações, os policiais chegavam a sequestrar traficantes e exigir o pagamento de resgate. Eles também teriam vendido armas apreendidas em ações policiais a criminosos.
Já o coronel Fontenelle estava entre os 24 policiais presos na operação Amigos S.A. que apontou um esquema de suposta cobrança de propinas a comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do 14º BPM (Bangu).
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Na sexta-feira (19), quatro dos 16 PMs presos na Ave de Rapina tiveram suas prisões revogadas pela juíza Ana Paula Monte Figueredo Pena Barros, da Auditoria da Justiça Militar. Ela considerou que a liberdade dos acusados não compromete a ordem pública, mas ordenou que eles fiquem afastados de suas funções até o término do processo.
Um dia antes, o desembargador Paulo de Oliveira Lanzellotti Baldez, da 5ª Câmara Criminal, concedeu habeas corpus ao coronel Fontenelle e estendeu a decisão a outros 19 PMs que eram acusados de formação de quadrilha. Eles estão proibidos de se aproximarem de testemunhas do processo e também permanecerão afastados de seus cargos.