Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Para presídios federais

Marcola e 21 membros da cúpula do PCC são transferidos

Marcelo Godoy
Agência Estado
13 fev 2019 às 13:29

Compartilhar notícia

- Arquivo/Depen
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


O governo de São Paulo transferiu na manhã desta quarta-feira, 13, o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como "Marcola", e outros 21 membros da cúpula da facção criminosa para presídios federais. A operação teve início na madrugada.

Desde novembro, já havia previsão de transferência dos membros do PCC para unidades federais, após a descoberta de um plano de resgate de Marcola e de mais integrantes da facção do presídio de Presidente Venceslau.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Eles estão sendo levados para Mossoró, Brasília e Porto Velho. Sete foram transferidos porque haviam sido alvos da operação Echelon em 2018. Outros 15 porque fazem parte da sintonia geral final do PCC, com seu primeiro e segundo escalão. Policiais militares e agentes penitenciários da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) participaram da operação.

Leia mais:

Imagem de destaque
Pássaros foram apreendidos

Dois são presos por pesca durante a piracema na Região Metropolitana de Londrina

Imagem de destaque
Carga milionária

Ação conjunta apreende carreta com vinhos e roupas contrabandeados em Apucarana

Imagem de destaque
Um homem foi preso

Polícia Rodoviária Federal apreende mais de 200 quilos de cocaína na região de Londrina

Imagem de destaque
Motorista fugiu

Polícia Rodoviária Estadual apreende maconha em carro após perseguição em Sertaneja


Marcola é o ultimo grande líder de facção criminosa do País a ir para a rede de presídios federais. Lá já estão seu rivais do Comando Vermelho e da Família do Norte e seus aliados do Terceiro Comando Puro.

Publicidade


O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o plano inicial era esperar alta do presidente Jair Bolsonaro, pois se temia possíveis reações da facção em São Paulo, o que não ocorreu até agora. Todos os presídios de paulistas estão passando por blitze simultâneas para evitar tumultos.


A decisão foi tomada pelo secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo. Em mais de 100 unidades prisionais do Estado existe presença de integrantes do PCC.

Publicidade


Os criminosos foram transferidos por decisão do juiz Paulo Zorzi, corregedor dos presídios, e a pedido do promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), de Presidente Prudente. "Essa é a maior operação já feita. Esperamos desarticular momentaneamente a cúpula da facção", afirmou Gakyia.


O pedido é de 28 de novembro de 2008 e solicitava a "transferência imediata em caráter excepcional de 15 presos, entre eles o Marcola".

Publicidade


A inteligência policial detectou planos da facção em outubro e novembro de 2018 de matar autoridades judiciais, o ex-secretário do governo da SAP Lourival Gomes, um diretor de presídio e um deputado estadual caso Marcola fosse transferido para o sistema federal. Todos estão com escolta reforçada desde que a Justiça confirmou que ia deferir o pedido de transferência dos presos.


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e a cúpula da SSP (Secretaria da Segurança Pública) convocaram uma coletiva de imprensa às 14h para falar sobre a transferência dos presos.

Publicidade


Plano de resgate


De acordo com o MP, havia um plano de resgate de integrantes do PCC que estavam na Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau. Os alvos do resgate seria Marcola e outros membros da facção. O aeroporto de Presidente Venceslau fica a apenas dois quilômetros, cerca de seis minutos, da unidade prisional.

Publicidade


Segundo o MP, na mesma ação, o líder havia sido condenado recentemente há 30 anos de prisão pela comarca de Presidente Venceslau. O total de penas impostas a Marcola já ultrapassa 300 anos.


O plano de resgate seria comandado por outro membro do PCC, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como "Fuminho". Ele fugiu da Casa de Detenção em 1999, é procurado pela Justiça e teria se estabelecido na Bolívia, de onde enviava drogas e armas para Brasil, Europa, Ásia e África, diz o documento do MP.

Publicidade


Entre os integrantes do grupo que iria resgatar Marcola estavam bandidos que já haviam participado de roubos contra empresas de valores. Ainda de acordo com a Promotoria, a facção teria investido dezenas de milhões de dólares nesse plano de resgate - inclusive com a compra de veículos blindados, aeronaves e armamentos.


O plano de resgate incluía o bloqueio de rodovias e o ataque à penitenciária de Presidente Venceslau e também o ataque ao Batalhão da Polícia Militar, além do corte de energia e comunicações nas unidades policiais do entorno.


"A equipe que iria resgatar Marcola se dividiria em várias frentes, uma delas iria bloquear a Rodovia Raposo Tavares, a outra iria atacar a polícia e uma outra iria tentar impedir a decolagem do helicóptero Águia da PM do aeroporto de Presidente Prudente, que fica na região", diz o MP.


Ainda segundo os promotores, o plano previa que os criminosos seriam resgatados da prisão e levados para um aeroporto no norte do Paraná, de onde partiriam em outra aeronave para o Paraguai ou a Bolívia.


A descoberta desse plano fez com que o aeroporto fosse fechado por um mês. O aeródromo foi fechado no dia 10 de outubro de 2008, inclusive com colocação de barreiras físicas na pista por determinação da Justiça.


Drone


Mesmo com o reforço da segurança policial no entorno do presídio, no dia 27 de outubro uma câmera registrou um sobrevoo de um drone nas imediações da cadeia.


"Podia ser um sinal de que um plano de resgate estaria em ação", diz o MP. Segundo a ação, os drones seriam usados pelo PCC para fazer filmagens e o reconhecimento do local antes do resgate.


Organização criminosa

O PCC movimenta quase US$ 800 milhões por ano no Brasil e tem cerca de 30 mil membros. É a maior organização criminosa da América do Sul. Com ligações com a máfia da Calábria (sul da Itália), passou a dominar o envio de cocaína da Bolívia para a Europa por meio de portos no Nordeste, Sudeste e Sul do País.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo