Charles Luiz Pinheiro, 30 anos, foi preso em Londrina por ser o principal suspeito do assassinato de Silvana dos Santos, 25 anos, com quem convivia em uma casa no Jardim Ideal, zona leste da cidade.
O corpo de Silvana foi encontrado na noite de 20 de abril, uma terça-feira, no Rio Tibagi, flutuando no rio próximo à ponte que liga os municípios de Sertaneja e Sertanópolis, município distante 60 quilômetros de Londrina. O corpo estava envolto em uma lona, amarrado a pedras e enrolado em uma corda.
Charles comunicou o desaparecimento de Silvana aos familiares e à policia no domingo anterior, 18 de abril, logo após o almoço. Ele chegou a procurar a imprensa para que as pessoas o ajudassem a localizar a mulher. Chegou a chorar em um dos programas.
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Quando o corpo foi localizado no Rio Tibagi, Charles foi chamado para o reconhecimento, mas negou que fosse Silvana. Após uma testemunha ter reconhecido o vestido que ela usava, dizendo que ela mesma o tinha dado de presente para Silvana, o delegado de homicídios de Londrina, Paulo Henrique Costa, pediu a exumação do cadáver. "Pela arcada dentária constatamos ser o corpo de Silvana", afirmou ao Bonde o delegado.
Ouvido pelos policiais, Charles, que ainda não era suspeito, disse que acordou com a esposa na manhã de domingo, 18 de abril. Foi jogar futebol com os amigos e voltou logo depois do meio-dia: Silvana tinha desaparecido.
Porém, ele não esperava que a perícia fosse tão precisa. "O exame de necropsia revelou que ela foi estrangulada e a hora da morte foi no máximo às 0h30 de domingo – ou seja – ele não poderia ter acordado com a mulher no domingo porque ela já estava morta", relatou o delegado . "Começamos a suspeitar que ele estivesse envolvido na morte de Silvana e que criou todo o álibi para o domingo. Tanto que quando perguntamos o que ele fez no sábado, ele gaguejou e não conseguiu dar uma resposta convincente".
O delegado procedeu então diligência no local de trabalho de Charles, próximo ao Detran: lá encontrou uma pedaço de corda exatamente igual ao que o corpo de Silvana estava amarrado. Esses indícios foram suficientes para convencer a Justiça a expedir o mandado de prisão temporária. Charles foi preso em seu trabalho na tarde de sexta-feira passada, 28 de maio.
De acordo com o delegado Paulo Henrique Costa, em seus dois depoimentos Charles negou ter assassinado Silvana. A motivação ainda está sendo investigada. "Temos algumas linhas de suspeita do motivo, mas ainda não podemos revelar".
Silvana tinha uma filha de 5 anos que morava com sua mãe. A menina não era filha de Charles.