Agentes da Receita Federal e da Polícia Federal deflagraram nesta quinta-feira (29) a operação Pôr-do-Sol. O objetivo da ação é o combate à lavagem de dinheiro e evasão fiscal, crimes que teriam permitido encobrir dívidas fiscais de R$ 150 milhões no Paraná e em São Paulo, com ramificação recente em Manaus. As informações são do Última Instância.
As ações também envolvem o Ministério Público, a Procuradoria da Fazenda Nacional e o Banco Central. Em mais de dois anos de investigações, foi desvendado um suposto esquema de lavagem e ocultação de valores, com evasão fiscal e de divisas. Ele seria comandado por um grupo empresarial estabelecido em Curitiba, que tem a Pôr-do-Sol como principal marca de equipamentos esportivos e de lazer.
Desde a manhã desta quinta, a Receita e a PF estão executando mandados judiciais expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal para busca e apreensão simultânea em mais de 20 locais em Curitiba e São Paulo. As diligências estão sendo feita em residências, empresas suspeitas de fazer parte do esquema, escritórios de advocacia e até na representação de um banco norte-americano e em um centro de operações de câmbio paralelo.
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A informação foi divulgada há pouco pela assessoria de imprensa da Receita, que não informou o nome do banco envolvido. Em nota, a Receita diz que estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão temporária a três empresários, três pessoas ligadas ao grupo empresarial com sede em Curitiba, dois auditores da própria Receita Federal, um doleiro e um consultor financeiro ligado à instituição bancária dos Estados Unidos.
A nota da Receita acrescenta que as investigações recaem sobre uma família uruguaia estabelecida no Paraná, que há pelo menos dez anos vinha cometendo atividades ilícitas, como descaminho de mercadoria, subfaturamento de importações, interposição fraudulenta, evasivas e fraudes à execução fiscal e sonegação de tributos internos.
O grupe empresarial, detentor de um shopping center em Santa Catarina, também é acusado de crimes contra o sistema financeiro, câmbio e remessas internacionais ilegais, lavagem de dinheiro, ocultação de valores, aplicação de recursos não contabilizados e uso de empresas "laranjas" em transações com empresas off-shore uruguaias, além de outras irregularidades.