A polícia do Rio prendeu nesta terça-feira (13) 18 pessoas (entre elas, 11 PMs e dois policiais civis) acusadas de integrar uma quadrilha que vendia para criminosos drogas e armas apreendidas. Uma pessoa está foragida.
Segundo a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança do Rio, o grupo atuava de duas maneiras: desviando bens apreendidos e não registrados durante operações verdadeiras e promovendo ações policiais falsas. Para realizar essas operações falsas, o grupo consultava informantes que indicavam onde havia armas e drogas armazenadas.
O grupo ia até os locais, usava seu poder de polícia para fazer as apreensões e vendia o material para outros criminosos. Segundo a Secretaria de Segurança, a maior parte do material apreendido era negociado com criminosos da favela do Jacarezinho, na zona norte.
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Ao longo da investigação, que começou há sete meses, dez pessoas já havia sido presas. Durante a ação de hoje, que mobilizou 193 agentes e foi chamada Operação Herdeiros, foram apreendidas uma metralhadora, pistolas e munição. Os 18 presos moravam no Rio, em São Gonçalo (Região Metropolitana) e em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Na casa de um dos PM detidos havia R$ 18 mil em dinheiro.
As interceptações telefônicas também indicaram a existência de um esquema de corrupção que permitia a PMs pagar para não trabalhar em plantões ou para levar armas para casa. O menor valor para essas duas concessões era de R$ 50. Essa negociação será alvo de uma investigação específica.