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Prevenção

Pesquisa da PM aponta "preferências" dos ladrões

Redação Bonde
28 mar 2007 às 18:34

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A Policia Militar do Paraná acaba de concluir uma pesquisa de quase dois anos a respeito da importância do planejamento urbano e dos aspectos arquitetônicos na prevenção dos crimes. O trabalho, realizado pelo Regimento de Policia Montada Coronel Dulcídio, pesquisou as 101 residências e os 100 pontos comerciais mais atacados por ladrões em Curitiba e entrevistou 287 criminosos presos. O objetivo foi definir quais características ambientais aumentam os riscos de roubos e furtos.

"As casas com mais de um arrombamento tem algumas particularidades, o que mostra que a arquitetura é determinante na escolha do criminoso", diz o tenente-coronel Roberson Luiz Bondaruk, coordenador do projeto. O resultado da pesquisa prova, segundo o oficial, o que vem sendo estudado há muito tempo fora do país, mas que ainda não é conhecido no Brasil: fatores ambientais são determinantes para uma boa segurança pública.

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Durante a pesquisa descobriu-se, por exemplo, que, ao contrário do senso comum, 71% dos criminosos preferem assaltar residências com muros, contra 29%, com grades. Isso ocorre, segundo os próprios presos, porque o muro impede que alguém os veja de fora da propriedade. Sobre que tipo de fatores facilitam a prática de furto, 21% afirmaram preferir locais próximos a terrenos baldios; 20%, locais com pouca luminosidade; e 18%, áreas com cantos escuros.

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No caso dos furtos de carteiras ou bolsas a pesquisa mostrou que 44% dos criminosos escolhem as vítimas por julgá-las mais desatentas, 22% pelo local em que carregam seus pertences e 15% pelo tipo de objeto que levam. Segundo a pesquisa esse é um dado de como medidas simples de segurança podem diminuir a criminalidade.

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Para o coronel Roberson Bondaruk a pesquisa provou que muitos conceitos que as pessoas têm de segurança estão totalmente incorretos. "O questionário feito com os detentos mostrou que 62% preferem assaltar homens, por considerar a reação das mulheres mais imprevisível. Em relação à idade, 78% escolhem adultos, já que idosos e crianças costumam carregar menos objetos de valor."


Residências

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Pelo questionário realizado nas 101 residências descobriu-se que em 60% delas o método empregado pelo criminoso foi a escalada e apenas em 2% houve uso de chaves falsas. Outro dado importante é que 12% das casas foram assaltadas, porque o próprio morador deixou o portão aberto.


De acordo com Bondaruk esses dados mostram que tomar providências simples (como dificultar a escalada) faria com que o índice de criminalidade diminuísse muito. "Cerca de 70% dos crimes que a polícia atende são de baixo potencial ofensivo. Pequenos furtos ou roubos. Se fossem resolvidos através da arquitetura ou do comportamento, eliminando a oportunidade, poderíamos, em tese, eliminar 70% da criminalidade", explica.

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Segundo o oficial esse método de prevenção, chamado de arquitetura contra o crime, já é aplicado há mais de 40 anos em diversos países. "O Paraná pretende trazer para o Brasil essa tecnologia de segurança pública. A estrutura de um banco, por exemplo, segue rigorosamente a arquitetura contra o crime. A gente quer que o comerciante não precise ser integrante de um grande grupo financeiro para ter acesso a essa tecnologia."


Cursos

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Para divulgar as técnicas de prevenção contra o crime a Polícia Militar já entrou em contato com o CREA-PR, universidades de Engenharia e Arquitetura e Associação Comercial do Paraná.


Como resultado a UFPR já definiu a criação de um núcleo permanente de pesquisa sobre a arquitetura contra o crime. No CREA-PR está em elaboração o primeiro curso de arquitetura contra o crime à distância. A Associação Comercial do Paraná já aprovou a proposta, feita pela polícia, da criação de uma câmara técnica de arquitetura contra o crime.


O próximo passo para o tenente-coronel Bondaruk é que a preocupação seja levada para as ruas, casas e prédios. "Há intenção que isso seja incluído no plano diretor das cidades. Se os códigos cobram segurança contra sinistro, (acidentes, incêndios) queremos que preveja também segurança antidelito".

A proposta da Polícia do Paraná segue a filosofia da Polícia Comunitária, ou seja, de forma simples e barata fortalecer a participação da comunidade na segurança. "Não queremos que a comunidade faça o trabalho de polícia, mas sim criar uma cultura da prevenção. Com todas as facilidades que a estrutura oferece é muito fácil a ação de criminosos", afirma Bondaruk.


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