A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (17) a Operação Lava Jato para desarticular organizações criminosas que tinham como finalidade a lavagem de dinheiro em diversos estados da Federação. De acordo com as informações fornecidas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF/MF) e obtidas pela Polícia Federal, os grupos investigados registraram comunicações de operações financeiras atípicas num montante que supera os 10 bilhões de reais.
A operação contou com a participação de aproximadamente 400 policiais federais que deram cumprimento a 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, 10 mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades: Curitiba, São José dos Pinhais, Londrina, Foz do Iguaçu, São Paulo, Mairiporã (SP), Votuporanga (SP), Vinhedo (SP), Assis (SP), Indaiatuba (SP), Brasília, Águas Claras (DF), Taguatinga Norte (DF), Porto Alegre, Balneário Camboriú (SC), Rio de Janeiro e Cuiabá.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Estado do Paraná.
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São cumpridas também ordens de sequestro de imóveis de alto padrão, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas, e bloqueio de dezenas de contas e aplicações bancárias.
O grupo investigado, além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros.
A operação foi assim intitulada porque um dos grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas.
A PF deve divulgar detalhes sobre a operação durante o dia.