Uma suposta ligação entre a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e o PT está sendo investigada pela polícia de São Paulo.
O motivo da abertura do inquérito foi uma escuta telefônica na qual os detentos ordenam atentados contra agentes penitenciários e políticos - "qualquer um, menos do PT". Os diálogos mostram que, entre políticos, o alvo preferencial eram integrantes do PSDB - partido que, até abril, governava o Estado e a capital paulistas.
Procurado pelo jornal Folha de S.Paulo em julho, quando a publicação teve acesso às fitas, o presidente estadual do PT, Paulo Frateschi, não se manifestou sobre o caso. Ontem, sua assessoria foi informada da abertura do inquérito e condicionou uma resposta à identificação da fonte da informação.
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O presidente do PSDB-SP, deputado Sidney Beraldo, leu as transcrições das escutas, afirmou que as mesmas não deveriam ser usadas na campanha política e ressaltou que "seria uma irresponsabilidade acusar o PT de ligação com o PCC".
Outras lideranças tucanas - entre elas Alckmin e o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, fizeram declarações recentemente insinuando que haveria motivação política por trás dos atentados da facção criminosa.