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Polícia não consegue tirar caça-níqueis de circulação

Israel Reinstein - Folha do Paraná
15 out 2001 às 19:24

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Quase dois meses após a publicação do decreto que proibiu o funcionamento das máquinas caça-níqueis no Paraná, o governo estadual conseguiu apreender menos de 2% do total estimado de equipamentos do Estado. Segundo dados do governo, existiriam 20 mil caça-níqueis espalhados no Estado. Mas até agora, o Centro de Operações Policiais (Cope) da Polícia Civil tinha recolhido apenas 219 máquinas.

O número pequeno é justificado pela Polícia Civil por causa da dificuldade da instituição em apreender equipamentos que ainda contam com respaldo legal para funcionar. "Alguns donos de estabelecimentos conseguiram liminares na Justiça. E a polícia aguarda que a procuradoria (Procuradoria Geral do Estado) derrube essas ações", disse o delegado-chefe do Cope, Luiz Alberto Cartaxo.

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Mas na Procuradoria Geral do Estado (PGE), a informação é que os processos contra essas ações dependem da decisão da Justiça.

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Apesar de argumentar que a dificuldade estaria na demora em derrubar as ações, o Cope tem um levantamento apontando que apenas 2.450 caça-níqueis estão protegidos por determinações legais. Atualmente, o Cope dispõem apenas de seis equipes (com até três integrantes cada) para fazer esse trabalho no Paraná.


Para justificar a demora, o delegado Luiz Cartaxo argumenta que depois que se publicou o decreto, muitos comerciantes preferiram desligar aos caça-níqueis para não ser pegos pela fiscalização. No entanto, quem percorre o centro de Curitiba percebe que é grande o número de estabelecimentos que mantém este equipamento em funcionamento.

A nova legislação do setor de jogos eletrônicos foi criada para impedir que os estabelecimentos mantenham funcinando jogos de azar. Para provar que estes equipamentos são manipuláveis, o governo realizou testes com os caça-níqueis.


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