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Apucarana

Polícia prende quadrilha que distribuía crack na região

Agência Estadual de Notícias
26 jun 2007 às 18:15

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O principal esquema de distribuição de crack em Apucarana, Norte do Paraná, foi desmontado na manhã desta terça-feira (26) pela Polícia Militar. Uma operação especial resultou no cumprimento de mandados de prisão preventiva de 12 pessoas suspeitas de ligação com a venda da droga na cidade e região. A operação foi batizada de Barriga, em alusão ao acusado de chefiar o esquema, Fernando Silva, que atende pelo apelido de "Barriga". Também estão presos a mulher dele, Marilene de Arruda Oliveira, Orlando Gomes de Oliveira Filho, o "Dinho", e Cleyton Fernando da Costa, o "Creca", que seriam distribuidores do crack.

Os mandados foram cumpridos no início da manhã. Para evitar fugas, todas as principais saídas de Apucarana foram fechadas pela polícia. Também na manhã desta terça-feira (26) policias civis do Nurce (Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos) cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão na operação Anti-Spam. Uma das presas na operação do Nurce, Soraya Machado, que emprestava a conta corrente para desvio de dinheiro por hackers pela internet, é acusada de usar o próprio filho para traficar. Segundo a PM, ela também já chegou a esconder pedras de crack dentro da cueca de uma criança de apenas 6 anos.

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Investigação – O levantamento de informações que levaram às prisões começou em março. Dois acusados de integrar o esquema de distribuição de droga tinham sido presos anteriormente: Deivid Willian Brito de Souza, 18 anos, soldado do Exército, e Jadson de Souza da Silva. Para embasar os pedidos de prisão, foram realizadas filmagens que comprovam a movimentação nos pontos de venda de crack. Pelo que foi apurado, "Barriga" entregava a droga, que era "batizada", ou seja, recebia substâncias que faziam aumentar sua quantidade.

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O primeiro suspeito de integrar a quadrilha a ser preso, em março, foi Taffarel Roberto Martins. Ele tinha fugido de um bloqueio policial, mas foi detido e, com ele, a polícia encontrou 100 gramas de crack, além de 5 gramas de cocaína, bem como um caderno com anotações sobre o tráfico. No carro, que era clonado, também estava Alexandre César Paim, conhecido como "Bode". Em abril, a PM conseguiu encurralar o foragido da Justiça Orlando Gomes de Oliveira Filho, o "Dinho", em sua residência. Na casa estava ainda Fernando Silva ("Barriga"), mas "Dinho" assumiu a responsabilidade pela droga encontrada– 50 gramas de crack – e pela arma apreendida no local.

Todo o trabalho teve acompanhamento do Ministério Público. Com o cruzamento das informações levantadas, a partir das denúncias e do trabalho policial foram realizadas várias descobertas. No cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram uma carta de "Barriga" (que estava preso desde maio, por envolvimento com drogas), em que ele dava ordens sobre como deveria funcionar o esquema de distribuição de drogas, de dentro da cadeia. Na carta, endereçada à mulher dele, estava explicado onde era o esconderijo da droga, na própria casa: o crack ficava enterrado. Ao comprovar a participação de cada suspeito de fazer parte da quadrilha, a polícia solicitou autorização ao Poder Judiciário para que pudessem ser realizadas as prisões.


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