Jurandir Ramos Júnior, de 35 anos, preso na tarde de sexta-feira (5) acusado de matar o professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Sérgio Paulo Adolfo, em 26 de agosto, foi encontrado após a polícia cruzar ligações feitas e recebidas pelo telefone celular da vítima. Júnior confessou o crime e disse que matou a vítima após uma briga dentro de um motel, localizado na zona norte da cidade
O suspeito foi encontrado em um pensionato onde ele morava na Vila Nova (centro). Ele não resistiu à prisão e relatou à polícia que conheceu o professor em um bar e que estavam saindo juntos havia dois meses.
"Ele informou que a vítima o estava assediando de forma aberta, inclusive ligando no seu local de trabalho, passando em frente a sua casa. Contou ainda que dentro do motel houve uma desavença. O professor teria partido para cima dele o agredindo e para se defender ele desferiu dois socos no rosto da vítima, o que se confirmou no exame de corpo de delito. A vítima teria começado a gritar, segundo o Jurandir, e ele se apavorou e acabou matando o professor por esganadura", contou o delegado chefe da 10ª Subdivisão Policial (SDP), Márcio Amaro.
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O suspeito relatou ainda que quando percebeu a morte da vítima o colocou dentro do carro, que foi abandonado também na região norte, próximo a um shopping. Jurandir Ramos negou que tenha roubado os pertences pessoais do professor, o que descarta a possibilidade de latrocínio.
A polícia utilizou também as imagens da câmera de segurança do motel para ajudar na localização de Jurandir Ramos Júnior. Uma funcionária do estabelecimento reconheceu, na tarde de ontem, o suspeito como sendo o homem que entrou no motel com o professor. Ainda segundo informações obtidas pela polícia, Sérgio Adolfo já teria ido algumas vezes com Jurandir ao motel e também acompanhado de outras pessoas.
O suspeito já havia sido condenado pelo crime de roubo em Foz do Iguaçu, onde reside sua família. Jurandir Ramos se mudou para Londrina há dois anos e trabalhava como autônomo, fazendo pequenos reparos elétricos. Ele foi indiciado por homicídio qualificado, crime cuja pena varia de 12 a 30 anos de prisão.