O Ministério Público do Paraná, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Curitiba, denunciou nesta quinta-feira (14) cinco policiais militares da capital, por tortura. Os crimes, praticados contra duas pessoas, teriam sido cometidos em novembro de 2009.
O caso está relacionado a um roubo sofrido por um dos PMs. De acordo com a denúncia, enquanto fazia um serviço de segurança pessoal, o policial e o homem a quem protegia foram roubados. Foram levadas suas motocicletas, além de uma pistola e um colete balístico, de propriedade da Polícia Militar do Estado do Paraná.
Como apenas as motos foram recuperadas, o policial roubado e os demais denunciados pelo MP-PR, todos do 12º Batalhão da PM, passaram a "investigar" o caso para buscar os autores do crime e tentar localizar a pistola e o colete. Assim, os PMs e outras duas pessoas não identificadas teriam sequestrado um homem que supostamente saberia quem teria sido o autor do roubo e o paradeiro dos objetos roubados.
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Ainda segundo a denúncia, a vítima foi levada até um matagal e submetida a atos de violência e ameaça de morte. Os policiais teriam tentado sufocá-lo e agredido-o com socos, chutes, golpes com cassetetes e outras práticas, que causaram lesões sérias, registradas em fotografias e descritas no laudo de exame de lesões corporais.
Na noite do dia seguinte, juntamente com outras quatro pessoas, também não identificadas, os PMS teriam invadido a casa da irmã do homem agredido. A mulher também foi sequestrada, levada a um lugar afastado e torturada por quase duas horas: os denunciados teriam constrangido a vítima com ameaças contra ela e seus familiares, de agressão, estupro e morte, com o fim de obter informação a respeito do paradeiro de seus irmãos. Depois disso, foi abandonada em frente a sua residência.
Como os policiais estão soltos, o MP-PR requereu também à Justiça que, como forma de evitar retaliações, fiquem proibidos de atuar na região onde as vítimas residem.