Um policial civil de Cambé (Região Metropolitana de Londrina), suspeito de ter se apropriado de veículo que deveria estar apreendido, foi alvo nesta segunda-feira (17) de mandado de busca e apreensão.
Segundo o MPPR (Ministério Público do Paraná), por meio do Núcleo de Londrina do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e a Corregedoria da Polícia Civil, ele é lotado na delegacia de Polícia Civil de Cambé, e a investigação que apura a prática do crime de peculato. De acordo com as apurações, há indícios de que o agente público e os familiares dele teriam se apropriado de um veículo que deveria estar apreendido na unidade policial.
Conforme as investigações, o carro, que teria sido utilizado em crime de roubo e apreendido no ano de 2009 na delegacia de Polícia Civil de Cambé, passou a ser usado indevidamente pelo policial investigado e familiares, existindo registros do uso ilegal do automóvel em boletim de ocorrência, denúncias e consultas nos sistemas policiais.
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De acordo com o delegado Ricardo Jorge Rocha Pereira Filho, que atua no Gaeco, conforme informações da própria unidade policial e as investigações, esse servidor público investigado registrou um boletim de ocorrência em nome do filho dele mencionando o furto das placas desse veículo - inclusive de pertences do filho dele - como se estivesse utilizando esse carro e fosse da posse da família, quando na verdade deveria estar apreendido.
A Delegacia confirmou que o veículo, que deveria estar apreendido, não está sob custódia e que não há informações sobre a localização. Também não há autorização judicial para uso do carro em questão.
"Nunca houve autorização judicial ou administrativa para uso do veículo por parte do servidor e não se sabe atualmente a localização desse veículo. Além disso, o veículo foi pesquisado ao longo dos anos de 2017 a 2023 por policiais militares, por vários outros policiais, indicando que esse veículo estava em circulação nesse período todo. Inclusive há denúncia no 190 na qual veículo estaria com uma pessoa armada numa esquina em um bar aqui na cidade de Londrina", pontua.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Juízo Criminal de Cambé, a pedido do Gaeco. A busca teve como objetivo a apreensão de aparelhos celulares dos investigados, documentos e demais provas que possam demonstrar o crime.
Não foram divulgados nomes dos envolvidos.
O peculato é caracterizado pela subtração ou desvio em benefício próprio ou de outros de recursos e/ou bens por parte de servidor público.
Processo número: 0009130-53.2022.8.16.0056