Um detento de 24 anos da PEL 1 (Penitenciária Estadual de Londrina) ficou três dias internado no HU (Hospital Universitário), na zona leste, depois de engolir cinco gramas de crack na madrugada da última segunda-feira (1º). Ele só deixou a unidade de saúde nesta quinta (4), quando expeliu o entorpecente pelas fezes, e foi direto para a 10ª Subdivisão Policial (SDP) esclarecer o caso ao delegado William Douglas Soares, que colheu o interrogatório.
"Eu não sou traficante, apenas usuário. Fui obrigado a engolir isso aí às 16h do domingo. Meu companheiro de cela recebeu 50 gramas de crack pra fumar e cortou uma parte. Ele colocou até o dedo na minha garganta porque as buchas (entorpecente) não queria descer. Comecei a passar mal e não me deixaram chamar os agentes. Eu estava implorando pra sair dali. Foi daí que um dos guardas viu a minha situação e me levou pro hospital", disse o preso.
O rapaz, que está cumprindo pena por furto, delatou o nome do suposto dono do crack e explicou que o material entra na cadeia durante a visita da mulher de outro preso. Pediu ainda que fosse transferido para uma cela mais segura. Ele foi autuado por tráfico e reencaminhado para o presídio.
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Com a confissão, a Polícia Civil enviou ofício para que a direção da PEL faça uma revista detalhada na entregadora e identifique o encarcerado que teria obrigado o jovem a ingerir a droga.
Há quase um ano, ele foi preso com outro homem pela Polícia Militar com celulares e fios elétricos levados de uma empresa de forros acústicos e decorativos da rua Araçatuba, perto da antiga sede do IML (Instituto Médico Legal). A dupla caminhava pela rua quando foi abordada durante patrulhamento dos agentes.