O juiz da 2ª Vara Criminal de Londrina, Délcio Miranda da Rocha, acatou pedido do Ministério Público e prorrogou o monitoramento eletrônico de Maurício Youssef Parizotto por mais três meses. As outras medidas cautelares despachadas na primeira decisão do magistrado, em setembro do ano passado, como comparecimento a cada 15 dias no Creslon e não se ausentar da cidade sem autorização judicial por mais de oito dias, foram mantidas.
O réu é sobrinho do doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros delatores da Lava Jato, que descobriu um esquema ilegal de desvio e lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras e partidos políticos. No despacho, o juiz Délcio Rocha reconheceu que "não há evidências de que Maurício tenha descumprido as condições impostas para uso da tornozeleira". Porém, pesou o fato dele possuir vários antecedentes criminais.
Maurício foi preso em fevereiro de 2016 por uma equipe da Polícia Militar na região central de Londrina. Ele teria roubado o celular de uma adolescente de 14 anos na rua Guaporé. Conduzido na época ao 4º Distrito Policial e interrogado pelo delegado José Arnaldo Peron, o sobrinho de Youssef teria abordado a menor com uma faca. Ele foi impedido de fugir pela população que presenciou o roubo. Pelos socos e pontapés que recebeu, o detido precisou ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim do Sol, zona oeste, antes de ser levado até a delegacia.
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Para justificar o assalto, Youssef alegou que "sofre de abstinência do vício de crack e de vez em quando perde o controle".