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Cascavel

Presos policiais acusados de matar preso

Redação - Bonde
08 fev 2006 às 14:06

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Três policiais civis foram presos na manhã des quinta-feira (16) em Cascavel acusados de matar a tiros na Cadeia Pública de Cascavel o preso Valdair Alencar, conhecido como "Bolacha", durante uma rebelião em 2003.

Segundo o Ministério Público, eles teriam ainda tentado encobrir o crime, mentindo nos relatórios e induzindo a erro peritos do IML da cidade. Um quarto policial ainda está sendo procurado. Além dos quatro, outros dois investigadores que já estão presos por tráfico de drogas, também estão envolvidos no crime e tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Justiça. No documento apresentado à Justiça, o Ministério Público ainda denuncia quatro médicos legistas do IML de Cascavel acusados de elaborarem laudos falsos que esconderam a causa da morte do preso para protegerem ilegalmente os policiais.

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As investigações foram realizadas pela Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Cascavel. De acordo com as apurações, na madrugada de 25 de agosto de 2003 dois presos tentaram fugir da cadeia pública da 15ª Subdivisão Policial, em Cascavel. Com a fuga, os detentos da Ala A da Delegacia também tentaram escapar, mas foram impedidos pelos policiais civis que dispararam vários tiros de arma de fogo. Com a confusão, os presos iniciaram um motim que foi ouvido pelos detentos que estavam na Ala B. Os depoimentos dos presos ao Ministério Público explicam que com a rebelião e os tiros, eles estouraram os cadeados de suas celas e também tentaram fugir com medo de que presos rivais invadissem a Ala e os matassem.

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O preso Valdair Alencar saiu de sua cela e começou a ajudar outros detentos a estourarem cadeados. Neste momento, os seis investigadores - Rubens Pereira da Silva, Amarildo Mayer, Eugênio Stachiu, Neuraci Quirino dos Santos Duarte, José Nelson Pereira Brandão e Carlos Eduardo Azevedo Gomes -, atiraram e mataram Alencar. Em seguida, de acordo com as investigações, os policiais teriam retirado o corpo do lugar e só levado o preso morto ao IML na manhã seguinte.

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Além disso, nos relatórios apresentados à delegada que presidiria o inquérito sobre a rebelião e a morte do preso, os policiais mentiram alegando que Alencar teria sido morto por outros detentos, com estoques (armas artesanais). Na seqüência, os policiais ainda levaram ao IML alguns estoques para tentar induzir os médicos legistas a elaborarem um falso laudo, o que foi feito.


Por isso, os médicos Rikia Himauari e Alexandre Galvão foram denunciados à Justiça por protegerem os policiais ocultando o assassinato. Além deles, os legistas Ronaldo Sérgio da Silveira e Irno Francisco Azzolin também foram denunciados já que elaboraram um falso laudo quando o corpo do preso foi exumado e periciado.

Informações da AEN


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