A polêmica prisão-contêiner de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, que chegou a ser objeto de pesquisa de futuras instalações carcerárias a baixo custo, foi desativada esta semana.
A prisão improvisada, com estrutura metálica e contendo 12 metros quadrados, chegou a abrigar 16 presos. Ela era considerada de baixo risco para fugas. No entanto, ocorreram três fugas do contêiner no prazo de um ano.
A última movimentação no local foi no dia 21 de março, quando a prisão abrigava 15 presos no lado interno e seis do lado externo do contêiner, dentro de um velho depósito. Os seis presos do lado de fora renderam o plantonista e iniciaram uma rebelião que terminou com a remoção de cinco internos para o Centro de Triagem de Curitiba.
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''Agora aquele monumento de ferro não tem mais qualquer tipo de utilidade para nós. Ali era um lugar para criar bichos e não pessoas. Ninguém vive adequadamente numa gaiola de ferro'', avaliou o delegado Noel Francisco da Silva.
Os 16 presos de Fazenda Rio Grande foram transferidos para a nova delegacia do município, que conta com área para solário e cadeia especial para pessoas que tenham nível universitário ou mulheres. A capacidade é para 24 presos. ''Aqui não teremos superlotação. Não vou deixar. Se me pedirem vagas em outras comarcas vou ser claro: não tenho vagas para presos e acabou'', salientou.
Silva acredita que a nova prisão é segura. ''Os quadrantes têm resistência. Vai ser difícil fugir daqui'', complementou. A assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Fazenda Rio Grande informou que a obra foi feita em pareceria entre o município e a Secretaria de Estado de Obras Públicas.