O professor Edgard Belle da Silva Filho, de 44 anos, foi assassinado nesta segunda-feira (12) na porta de casa na Rua Guararema, no Bosque da Saúde, zona sul de São Paulo. O homicídio aconteceu durante uma tentativa de assalto. O ladrão conseguiu fugir e não foi encontrado até as 20h de hoje.
A única testemunha do crime é a mulher do professor, uma enfermeira de 35 anos. Ela contou à polícia que o ladrão chegou por volta das 7h20 já exigindo dinheiro de seu marido, que havia acabado de lavar a garagem e se preparava para sair de casa.
A vítima não reagiu, apenas tentou impedir que um de seus cachorros corresse para a rua, o que assustou o ladrão. Nesse momento, foi baleado três vezes. Dois tiros atingiram o rosto de Silva, que morreu na hora. O bandido fugiu sem levar nada.
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Segundo a mulher, o atirador tem cerca de 1,65 metro, cabelos e olhos pretos. A polícia busca imagens de câmeras instaladas em casas próximas.
Vizinhos dizem que assaltos são comuns no bairro. "Já tive a casa invadida várias vezes, em uma delas por quatro homens. Por não ter nada, ficaram ainda mais nervosos", disse a pensionista Maria Helena Gonçalves de Araújo, de 37 anos. O marido dela morreu há 11 anos, em um assalto ocorrido em outro local.
A morte do professor foi o segundo crime violento em dois dias na região. A cerca de 1,5 quilômetro dali, a vendedora Wanessa de Souza Peixoto, de 23 anos, foi assassinada a tiros por dois homens em uma moto na Avenida do Cursino. O ex-namorado dela é um dos suspeitos.
Hoje, a reportagem mostrou que dos 66 latrocínios ocorridos de janeiro a outubro na capital, só dez (15%) foram esclarecidos com a prisão de suspeitos pela Polícia Civil.