Polícia

Quadrilha é condenada por tentar matar motorista de aplicativo

07 out 2019 às 08:12

O juiz da 4ª Vara Criminal, Luiz Valerio dos Santos, condenou neste domingo (6) quatro pessoas, três homens e uma mulher, pela tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) contra um motorista de aplicativo. O caso aconteceu em julho de 2018. A vítima atendeu um chamado no Terminal Rodoviário e seguiu até o conjunto Eucaliptos, zona leste de Londrina, onde foi anunciado o assalto. Logo depois, o rapaz foi levado até a Estrada dos Periquitos, perto do Limoeiro, e acabou sendo espancado.


Por causa das agressões, ele teve lesões no rosto e no braço esquerdo. Abandonado pelos bandidos na via rural, ele foi resgatado por uma viatura da Polícia Militar, que tinha sido avisada por outros condutores da ferramenta de transporte do roubo, e levado até um hospital. O carro foi deixado na mesma noite na rua Santa Clara, na Vila Santa Terezinha.


"Pedi apenas que não me matassem", diz a vítima

No dia seguinte, três assaltantes que agrediram o motorista foram presos por investigadores do setor de Furtos e Roubos da 10ª Subdivisão Policial. A identidade da jovem que pediu a corrida na rodoviária, também detida na operação, foi repassada à Polícia Civil pela empresa responsável pelo aplicativo.


Veja as penas aplicadas pela Justiça para cada um dos réus, que deverão cumpri-las em regime fechado:


- Gabriel Henrique Santos de Souza - 16 anos e nove meses;
- João Victor Moraes da Silva - 16 anos e dois meses;
- Cristian Deivid Santos Ferreira da Silva - 15 anos e dois meses;
- Luana Thaina Ribeiro dos Santos - 10 anos, 10 meses e 20 dias;


Os quatro tiveram as prisões preventivas - que valem por tempo indeterminado - mantidas. Além das condenações criminais, eles deverão indenizar em R$ 10 mil a vítima, que poderá entrar com uma ação de cobrança cível caso considere baixo o valor. A reportagem tenta contato com as defesas dos condenados.

O outro lado

O advogado da única mulher condenada, Helio Camilo de Almeida, disse que vai recorrer da sentença. "Analisando todo o contexto, não ficou comprovada a intenção dela de tentar assassinar o homem", informou. A advogada Bruna Fernanda Oliveira, que defende Gabriel Henrique, disse que ainda vai apreciar a decisão do magistrado.


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