Policiais do Grupo de Diligências Especiais (GDE), da 6.ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu, elucidaram, na quarta-feira (6), o falso sequestro de um estudante de Direito, de 20 anos, de Belém (Pará). O rapaz foi levado para o GDE por volta das 13h, por policiais federais, que o teriam encontrado no Paraguai, com a roupa rasgada.
Para os policiais do GDE ele contou que havia sido sequestrado por volta do meio-dia de terça-feira (5), quando foi almoçar em um restaurante próximo à universidade onde estuda, em Belém. "Ele contou que deixou a chave do carro com um amigo e foi almoçar, no restaurante teria levado uma pancada na nuca e desmaiado", disse o delegado Amarildo Antunes.
O rapaz afirmou que os sequestradores falavam espanhol e fizeram perguntas que ele não sabia responder. Ainda desacordado, teria sido colocado em uma caixa de madeira e, quando acordou, estava no Paraguai. "Na história dele, os sequestradores o teriam libertado em Ciudad del Leste", informou o delegado Antunes.
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O jovem relatou que foi até uma loja e ligou para o pai, que é vereador em Belém, contando que havia sido sequestrado, mas estava livre e bem. O pai já havia acionado a polícia local sobre o desaparecimento do filho. Mesmo desconfiando da história, os policiais trataram o rapaz como vítima e lhe deram novas roupas e alimentação. "Para ele chegar tão rápido de Belém, só de avião e começamos as investigações pelo aeroporto", disse Antunes.
PISTAS – Os policiais descobriram que o rapaz havia chegado a Foz no voo da 1h de quarta-feira (6). Também localizaram a nota fiscal de um netbook nas roupas do jovem. "Ele confessou que tinha brigado com o pai e ido até o aeroporto de Belém, onde pegou um voo para a cidade mais distante que encontrou". Em Foz, ele se registrou em um hotel e, pela manhã, foi para o Paraguai fazer compras.
"O estudante disse que comprou o netbook, mas foi assaltado e os ladrões teriam levado seus documentos e o aparelho, além de rasgarem suas roupas. Alegou que ficou com medo de falar a verdade para os policiais federais quando foi abordado", disse o delegado. Ele foi com os policiais até o local do suposto assalto e sozinho localizou os documentos. A polícia do Pará e o pai do rapaz foram avisados. Nesta quinta-feira (7), o rapaz voltou à família.
O jovem deve responder por falsa comunicação de crime e o GDE também encaminhará o inquérito para a Justiça em Foz do Iguaçu, que decidirá se ele vai responder ou não pelo mesmo crime na cidade. "Ele mobilizou as polícias federal e civil por uma briga com o pai".