Deve sair no início da tarde desta sexta-feira (05) a sentença para o jornalista Antonio Pimenta Neves, 69, assassino confesso do assassinato da ex-namorada e também jornalista Sandra Gomide. À época com 32 anos, Sandra foi morta com dois tiros no dia 20 de agosto de 2000 em um haras em Ibiúna, interior de São Paulo. Neves era diretor do jornal "O Estado de São "Paulo e Sandra era editora de Economia do mesmo jornal.
O segundo dia de julgamento do jornalista levou mais de 15 horas e só foi interrompido por volta das 23 horas.
Nesta sexta-feira, defesa e acusação poderão fazer réplica e tréplica por um período de até uma hora. Em seguida, o júri se reúne para decidir o veredito, o que deve acontecer no começo da tarde.
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Três testemunhas de acusação foram os primeiros a deporem ontem - João Florêncio Gomide, pai de Sandra Gomide, Deomar Setti, dono do haras e Marlei Setti, esposa de Deomar.
O pai de Sandra disse que o seu estado de saúde piorou muito após a morte da filha. Os Setti sustentaram a hipótese de que o crime foi premetitado. Marlei disse que cerca de três meses antes da sua morte, Sandra Gomide confidenciou a ela que Pimenta Neves a agredia e que a ameaçava de morte. Na ocasião, Sandra apresentava hematomas na região do pescoço.
A partir daí, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa. A primeira foi o médico psiquiatra Marcos Pacheco Ferraz, que tratou de Pimenta Neves logo depois do crime. No depoimento, o médico afirmou que Pimenta Neves é uma pessoa inteligente e intelectualmente brilhante. No tempo em que tratou dele, o psiquiatra disse que pôde perceber certa dificuldade do jornalista para lidar com a emoção.
Na seqüência, foram ouvidas mais quatro testemunhas de acusação, com discurso bastante parecido, exaltando a carreira de Pimenta Neves como jornalista, principalmente no respeito à ética.
Fonte: Terra