O empresário Maurício Youssef Parizzoto, de 41 anos, sobrinho do doleiro Alberto Youssef envolvido no esquema da Operação Lava Jato, é considerado procurado pela Justiça. Parizzoto, que cumpria pena por furto qualificado no regime semiaberto, rompeu a tornozeleira eletrônica e se evadiu do sistema prisional do Centro de Ressocialização de Londrina (Creslon) há 20 dias.
De acordo com a Polícia Civil, os crimes cometidos por Parizzoto, furtos e estelionato, não têm qualquer relação com o escândalo de corrupção que envolve o tio.
Segundo os investigadores, as diversas passagens por furto e receptação do empresário, que começaram em 2008, estão ligadas ao fato de ele ser dependente químico. Conforme os relatos, Parizzoto leva uma vida longe da criminalidade nos períodos que consegue se manter afastado das drogas.
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Os policiais têm feito buscas constantes pela cidade, mas não conseguiram encontrá-lo até esta sexta-feira. A Polícia Civil investiga também a participação dele no furto a uma loja de móveis na Rodovia Carlos João Strass, próximo à Avenida Brasília. A tornozeleira foi rompida naquela região poucos minutos antes do crime. O diretor do Creslon, Reginaldo Peixoto, explicou que após o rompimento, um sinal de alerta é emitido para o sistema em, no máximo, 25 segundos.
As tornozeleiras começaram a ser usadas em Londrina, no final de outubro, por 22 presos. No começo de dezembro já eram cem monitorados. Atualmente, são 162 detentos nessa situação. Em quase três meses de adoção do sistema, cerca de 15 violações foram registradas, sendo que seis presos romperam o lacre da tornozeleira. Apenas Parizzoto permanece foragido. Peixoto defende que a relação de violações são baixas, se comparada aos bons resultados obtidos com os outros presos. "A tornozeleira não foi feita para evitar fuga, porque é um benefício para os presos de bom comportamento. Infelizmente, uma minoria desrespeita as regras."