Em um discurso firme, a presidente Dilma Rousseff apenas embargou a voz ao final dos 40 minutos do seu pronunciamento, quando disse que a partir daquele momento era a presidenta de todos os brasileiros. "A partir deste momento sou a presidenta de todos os brasileiros, sob a égide dos valores republicanos", disse a petista, sendo interrompida em seguida por muitos aplausos dos presentes, que ainda gritaram seu nome.
Dilma dedicou a última parte do seu discurso para falar um pouco de sua trajetória de vida, lembrando que dedicou toda a vida "à causa do Brasil". "Entreguei minha juventude ao sonho de um país justo e democrático. Suportei as adversidades mais extremas infligidas a todos que ousamos enfrentar o arbítrio. Não tenho qualquer arrependimento, tampouco ressentimento ou rancor", afirmou, bastante emocionada, homenageando os companheiros de luta que não conseguiram chegar a este momento junto com ela.
Durante todo o seu discurso, Dilma foi interrompida pelos presentes por diversas vezes para aplausos. A primeira ocorreu logo no início, quando lembrou que era a primeira mulher a assumir o cargo de presidente do Brasil. Ao lembrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também recebeu aplausos, o que se repetiu longamente quando homenageou o vice-presidente José Alencar, que está internado em São Paulo.
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A promessa por medidas que modernizem o sistema tributário também mereceu aplausos, assim como a "luta obstinada" para erradicar a pobreza e o compromisso com a melhoria da qualidade da educação e da remuneração dos professores.
Dilma convocou duas vezes a sociedade a fazer o seu melhor para o Brasil. Num primeiro momento, para enfrentar juntos o desafio da erradicação da miséria e a segunda, para ressaltar que o tamanho de um país não é resultado apenas de um governo, mas de todo o seu povo. Ao final, pediu a bênção de Deus para o Brasil e para a paz mundial, o que foi um improviso ao texto do discurso oficial.