O Hamas anunciou hoje que a trégua em Gaza entrará em vigor às 5h desta quinta-feira.
Representante da ala política do movimento, Musa Abou Marzouk disse que o grupo ''está preparado para um cessar-fogo global e a troca de prisioneiros''.
O acordo envolve a libertação de 50 reféns pelo Hamas em troca de uma trégua temporária de quatro dias nos bombardeios na Faixa da Gaza e da libertação de 150 prisioneiros palestinos por Israel.
Leia mais:
Impeachment de ministro não muda a vida da dona Maria, diz Ratinho Junior ao defender debate sobre 'questões locais'
Votação tem 108 eleitores e 14 candidatos presos; Cármen Lúcia fala em eleição tranquila
Candidatos a prefeito de Rolândia votam pela manhã
HU de Londrina tem a menor seção eleitoral do Paraná
G20
A partir de 1° de dezembro, o Brasil assume a liderança do G20, grupo que reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia. A União Africana também tornou-se membro permanente durante a 18ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo, que ocorreu em agosto em Nova Déli, na Índia.
Em discurso na cúpula hoje, o presidente Lula falou sobre a complexidade dos problemas globais e lembrou que entre as prioridades do Brasil no G20 está o fortalecimento da governança global ''para lidar com antigas e novas questões''.
''Rivalidades geopolíticas persistem, a economia global desacelera e as consequências das mudanças climáticas se sucedem. O recrudescimento do conflito no Oriente Médio vem somar-se às múltiplas crises que já enfrentávamos'', disse.
''Esse conjunto de desafios vai exigir vontade política e determinação por parte de governantes e dirigentes de todos os países e organismos internacionais. Por meio do diálogo, temos de recolocar o mundo no caminho da paz e da prosperidade. O G20 tem um papel central a cumprir'', acrescentou.
Desde que assumiu o mandato, em discursos em diversas instâncias internacionais, Lula vem defendendo que o modelo atual de governança, criado depois da Segunda Guerra Mundial, não representa mais a geopolítica do Século 21. Para o presidente, é preciso uma representação adequada de países emergentes em órgãos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Hoje, esse conselho, com poder de tomar importantes decisões pela paz internacional, reúne apenas Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, que têm poder de vetar decisões da maioria. Atualmente, fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suiça e Emirados Árabes.
O CONFLITO
No dia 7 de outubro, o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel, como incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.
Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios. A guerra entre Israel e Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus, dos quais descendem israelenses e palestinos.