O empresário Assad Janani, assessor do prefeito Barbosa Neto quando ele era deputado estadual, recebeu voz de prisão do promotor Renato de Lima Castro durante depoimento na tarde desta sexta-feira (26), na sede do Ministério Público em Londrina.
Barbosa é investigado pelo caso conhecido como Operação Gafanhoto, que trata sobre desvio de salário de assessores parlamentares. Este foi o nono depoimento de um total de onze, relacionado a Barbosa Neto.
Após questionamentos, Assad Janani teve prisão decretada por desacato a autoridade. Ele teria ofendido Renato Lima Castro, chamando o de 'imbecil'. Assad falou que se referia a uma 'pergunta imbecil', relacionada ao gasto com combustíveis na época. A discussão ocorreu em frente aos jornalistas presentes.
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Leia mais sobre o assunto na reportagem de Janaina Garcia, deste sábado (27), da Folha de Londrina.
O caso
Atendendo pedido da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Curitiba, o Ministério Público de Londrina tomou nesta sexta-feira (26) o depoimento de duas pessoas ligadas ao prefeito de Londrina, Barbosa Neto, na época em que ele era deputado estadual. A oitiva faz parte da Operação Gafanhoto, que investiga deputados que ficavam com parte de salários de funcionários ou nomeavam funcionários fantasmas.
Estiveram na sede do MP o empresário Assad Janani, ex-chefe de gabinete de Barbosa na Assembleia e Renato Mantovani, coordenador da campanha para a prefeitura, também assessor na Assembleia. Onze pessoas foram convocadas para depor sobre o caso. Uma delas teria admitido em depoimento que trabalhava no programa de Barbosa Neto na CNT, mas recebia como assessor do deputado na Assembleia Legislativa.
O esquema foi denunciado em 2003 por Agnaldo Rosa, hoje assessor da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).