Convidados pela Câmara Municipal de Londrina, o secretário de Fazenda, João Carlos Perez, e o controlador-geral do município, Newton Hideki Tanimura, foram sabatinados por duas horas e meia na sessão plenária desta terça-feira (7) sobre uma divergência de R$ 95 milhões encontrada no sistema fiscal e contábil da prefeitura, referente ao período de 2013 a 2020.
Os membros de primeiro escalão da gestão Marcelo Belinati (PP) justificaram que a discrepância não traz impacto financeiro para as contas públicas e ao contribuinte. A suposta irregularidade foi alvo de uma denúncia apresentada na última semana pelo Conselho Municipal de Transparência e Controle Social de Londrina, que pediu ainda abertura de Comissão Especial para investigar a suposta discrepância no balanço financeiro e protocolou pedido de investigação no Ministério Público por meio de um chamado "dossiê" de 350 páginas.
Perez defendeu que o sistema tributário, que faz toda a cobrança de tributos do contribuinte londrinense, "é confiável, seguro, e passou por auditoria rigorosa". O responsável pela Fazenda voltou a afirmar que a denúncia levantada pelo Conselho de Transparência é de conhecimento do Executivo há um ano e que as falhas já foram identificadas, informadas ao TC-PR (Tribunal de Contas do Estado) e estão sendo corrigidas pela contabilidade.
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O secretário de Fazenda também voltou a negar que o a incongruência tenha relação com a Operação Password, deflagrada pelo Ministério Público, que apurou que funcionários da pasta realizavam cancelamentos de débitos de IPTU e modificações nas características de imóveis com objetivos de suprimir ou diminuir a cobrança do tributo. A suposta relação entre os temas foi apontada por membros do conselho, ainda que a operação tenha sido denunciada pela própria prefeitura.