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Especialista dá dicas de como afastar moscas e mosquitos no calor

Gustavo Batista - Estagiário*
06 dez 2021 às 11:14
- Pixabay
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No calor, moscas e mosquitos surgem agrupados e fazem questão de sobrevoar nas proximidades do rosto e dos alimentos. Táticas contra esses visitantes indesejados incluem ventiladores, plantas, limão com cravo, repelentes, inclusive conectados à tomada, e até raquetes elétricas.


Para o professor João Zequi, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal da UEL (Universidade Estadual de Londrina), o clima do verão, marcado por chuvas e altas temperaturas, é um dos fatores que formam terreno livre para proliferação. Somado a ele, estão os recicláveis que carecem de destinação correta, sobras de alimento sem o destino adequado e os criadouros artificiais formados pelo homem, que servem de abrigo e berço para o desenvolvimento destes insetos. 

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Isso porque, como explica o especialista, as moscas e mosquitos encontrados no ambiente urbano ou periurbano são denominados sinantrópicos. O termo se refere àquelas espécies que aproveitam-se, sobretudo, dos resíduos deixados por atividades humanas.

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"Quando temos falta de predadores naturais no ambiente urbano, alimento em abundância, criadouros diversos e acrescentamos temperatura elevada com precipitações elevadas, temos as boas condições para proliferação de moscas e mosquitos no ambiente urbano", diz Zequi.

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Mas há maneiras de dispersar as espécies sem agredir o meio-ambiente. Anote as dicas:


Um checklist é bem-vindo

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Para a vistoria abranger todos os locais da casa sujeitos à criação de Aedes aergypti, é recomendável que se siga um checklist preconizado por órgão oficial. Todos os moradores do bairro devem aderir à prevenção, não deixando de conferir qualquer espaço que possa conter larvas. 


Se possível, evite o tratamento químico

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A população tem livre acesso aos inseticidas à base de piretróides. O professor argumenta que o uso excessivo deles pode prejudicar a saúde humana e dos pets, além de selecionar insetos resistentes que não perdem a vida com a exposição ao produto.


Este tratamento articial pode resolver o problema momentaneamente, mas o ideal é diagnosticar a fonte da infestação e aplicar os procedimentos de eliminação ou remediação. Nestes casos, quando o morador não consegue remover os criadouros e conter a proliferação de larvas por meios mecanicos, como telas e vedações, deve-se acionar o órgao público ou assistência técnica. A mesma indicação é válida para locais abandonados, não só às residências.

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Cuidado com a falsa sensação de segurança


Tutoriais em sites prometem artimanhas efetivas contra os insetos, que são adotadas por crentes de que o problema irá se extinguir ou ao menos ser reduzido. 

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O cravo espetado no limão é comum. Zequi alerta que o cravinho da índia conta com Eugenol, substância capaz de repelir o mosquito e matar suas larvas, mas apenas quando em concentração adequada, que não é oferecida pelo cravo in natura.


A raquete elétrica, vendida em comércios Brasil afora, oferece um desafio para quem tentar atingir algumas espécies com ela, conforme o especialista chama a atenção: "Matar um Aedes aegypti com uma raquete elétrica pode ser desafiador, pois o mosquito é ágil, suas cores pretas e brancas se confundem rapidamente durante o voo com o ambiente e a gente logo o perde de vista".

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Essas soluções caseiras não podem ser tidas como pretexto para deixar de lado a responsabilidade. O professor defende que a população vistorie com qualidade seu espaço e denuncie a eventual negligência de terceiros aos órgãos públicos locais.


Limpeza preventiva


A limpeza tem função preventiva neste tema. O acadêmico ouvido pela reportagem diz que a sujeira e a desorganização dos resíduos recicláveis ou orgânicos estão diretamente relacionadas ao aumento de moscas e mosquitos. 


Calhas entupidas, bueiros e outros compartimentos que possam acumular água por falta de manutenção são grandes responsáveis pela proliferação destas populações.


Espécies


O professor lista os tipos de moscas e mosquitos mais recorrentes na temporada de primavera/verão. Vilão das campanhas antidengue, o famoso Aedes aegypti está ligado ao ser humano e suas habitações. Sua maior circulação também eleva a taxa de doentes por dengue, chikungunya e Zika vírus.


Semelhante a ele, o Aedes albopictus habita matas, fundos de vale e moradias. Pequenos recipientes com água parada são, para estas espécies, um confortável depósito de ovos.


Diferente dos anteriores, que são entusiastas do período diurno, o pernilongo é mais ativo pela noite. Daí o motivo de muitas pessoas queixarem-se das picadas levadas enquanto dormem.


As moscas, por sua vez, saem em busca de matérias orgânicas já em decomposição, como lixo, estercos e cadáveres de animais. 


Zequi acrescenta que a disponibilidade de alimento e locais para o armazenamento de ovos interferem na dinâmica populacional. As grandes fontes de recursos para estes insetos são os lixões, unidades de triagem e compostagem mal operadas, latrinas, fossas abertas e animais com estercos sólidos ou líquidos.


*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.

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