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"Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!"

30 set 2009 às 16:40
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Antigamente, todos os dias se cantavam hinos nas escolas. Um deles era o Hino à Proclamação da República, que se inicia pela frase apresentada acima.
Aquela era uma época em que se falava muito sobre liberdade não só por cantarmos isso todos os dias. A busca à liberdade era intensa porque era bastante restrita: além de o Governo Militar ter a censura como mote principal, os pais eram bastante severos com os filhos. Não se podiam fazer muitas coisas que não fosse o trivial casa-escola-casa e, nos finais de semana, algum passeio até no máximo meia-noite, àqueles que já tivessem passado dos dezesseis, dezessete anos. O cantar diário desse estribilho, no entanto, fazia-nos pensar mais sobre isso.

INVASORA E INTOLERANTE

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Muitos jovens daquela época se sentiam ‘presos’ à família e julgavam-na invasora e intolerante. Tudo os pais queriam saber, e a última palavra era sempre deles. Aliás, a última, não; a única. Os jovens não tinham o direito de emitir opiniões. Naquela época, ‘direito’ era uma palavra pouco conhecida pelas crianças; elas tinham deveres – para com a família, a pátria e a religião.
Estes cresceram e decidiram ser diferentes de seus pais; decidiram ser amigos de seus filhos e optaram por deixar seus filhos em paz, optaram por lhes permitir agir ao bel-prazer, optaram pela liberdade que não tiveram. Talvez por isso (por não a terem tido) não souberam lidar bem com ela.

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APRENDER A FAZER ESCOLHAS

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Ter liberdade não significa poder fazer tudo o que quiser, quando quiser e como quiser. Ter liberdade significa aprender a fazer escolhas, mesmo erradas, e, com elas, adquirir experiências para chegar mais perto da perfeição, mesmo sabendo que jamais a atingirá, porque ela não existe. Uma escolha errada permite a reflexão sobre os erros. Quem não aprende a fazer escolhas, não aprende a refletir sobre sua própria vida, por isso é importante ensinar os filhos a tomarem decisões desde pequeninos.


LIMITES

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Ter liberdade significa agir segundo a própria determinação, mas dentro dos limites impostos por normas definidas. Aí está o maior problema: A maioria dos pais não sabe estabelecer limites, não sabe delimitar direitos e deveres a seus filhos e acaba permitindo que estes tenham somente direitos, esquecendo-se de que sem os deveres não se forma cidadão de fato. Ocorreu, por isso, o contrário do que ocorria antes: agora, as crianças têm direitos; deveres nenhuns.
Para que os filhos cresçam e se tornem indivíduos preocupados com a coletividade, e não somente consigo próprios, há de se estabelecerem regras de convívio no lar (Não se pode esquecer, entretanto, que as regras servem para todos, inclusive para os pais). Desde a mais tenra infância, a criança tem de aprender que vive em uma comunidade (a princípio, sua casa) e que esta só será proveitosa se houver a participação de todos.


DEVERES

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Todos têm de ter tarefas em casa: as crianças precisam aprender a lavar seus copos, pratos e talheres, a arrumar seu quarto, a guardar seus objetos no lugar adequado, a organizar seu material de estudo a, enfim, educar-se para viver futuramente numa sociedade que lhes cobrará deveres constantemente e da qual elas próprias cobrarão seus direitos.
Muitos pais sabem que devem determinar deveres a seus filhos, mas não têm ideia de quais sejam eles; com isso, erroneamente impõem uma carga excessiva de atividades, como idiomas, balé, caratê, violão, aulas particulares de duas ou três disciplinas, natação, tênis, golfe, equitação, etc. As crianças têm de fazer tantas coisas que não lhes sobra tempo para as mais corriqueiras, que são a tarefa escolar, os deveres domésticos e a diversão.


APRENDER A BRINCAR

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Criança tem de brincar. As crianças de hoje, porém, têm de aprender a brincar! Brincar não é ficar defronte ao computador três ou quatro horas por dia (algumas ficam mais do que isso, muito mais...). Brincar é gastar energia, é andar, correr, pular, cair, se machucar até. Criança que não gasta energia brincando, gastá-la-á dentro de casa, importunando os pais, ou na sala de aula, importunando seus amiguinhos e (o)a professor(a).


DIREITOS E DEVERES!

Não pode haver somente direitos nem somente deveres. Há de haver equilíbrio entre eles. Há de se educarem os jovens para agirem em prol da comunidade, não somente em prol de si mesmo. Há de se ensinar que ser livre é aprender a fazer escolhas inteligentes. Há de, enfim, aprender a tomar decisões para atingir a tão almejada liberdade.


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