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Somos seres multifacetados

30 set 2009 às 16:43
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Criamos personagens para a convivência em sociedade e agimos conforme a personagem criada. Não somos um ser só; somos multifacetados. Tenta-se ser charmoso(a) com o sexo oposto, mostrar-se competente para o chefe, inteligente para os conhecidos, cândido para o líder religioso. Porém, segundo Nelson Rodrigues "se todos soubessem o que cada um faz entre quatro paredes, nunca ninguém mais se olharia na cara". Na intimidade nos revelamos e realizamos ações que jamais realizaríamos em público. Betty Lago, artista global e ex-modelo, confessou, num dos programas Saia Justa, que adora sua camiseta puída e rasgada, com a qual fica em casa todas as noites. Suas fãs certamente não imaginavam que ela, tão linda, glamourosa e elegante, agisse, dentro de casa, como qualquer cidadã: despojadamente. Em casa, sozinha ou com os seus, ela é, no entanto, uma cidadã comum. Os fãs geralmente imaginam seus ídolos como seres perfeitos, sempre impecáveis, como o são nos filmes e nas novelas.

Para Aristóteles "por natureza, todos os homens aspiram ao saber". Digo mais: todos os homens aspiram à grandiosidade. Todos querem ser respeitados e admirados; amados e desejados; importantes e inesquecíveis. O caminho para conseguir parte disso (parte, porque é impossível conseguir ser tudo o que se quer ser) está na prática constante do que queremos ser. Algum filósofo - foge-me agora seu nome - já dizia que "não importa o que eu sou, mas sim o que serei". Se quero ter alguma gradiosidade, tenho de agir com certa grandiosidade; tenho de transformar isso em um hábito diário; tenho de treinar. Tenho de me fazer ser a personagem que almejo ser. Se quero ser um bom pai, tenho de agir como um bom pai.
A felicidade, segundo Aristóteles novamente, não é enviada pelos deuses, mas obtida pela prática da virtude mediante longa aprendizagem. O segredo, então, está na prática das virtudes que queremos ter, que é exatamente o que tentamos mostrar aos demais. O ideal, portanto, é praticar essas virtudes constantemente, não somente na presença de outrem, mas no íntimo. Talvez consigamos atingir a felicidade que tanto almejamos, seguindo os dizeres de Sócrates em nossa vida: "O caminho mais glorioso para viver com honra é ser a pessoa que fingimos ser".

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BOA VONTADE x INTELIGÊNCIA

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Terra sem cultivo não produz; tampouco a mente.


Afaste-se das pessoas a quem falta boa vontade, mesmo que lhes sobeje inteligência. Aqueles a quem falta inteligência, mas não boa vontade, têm condições de se evoluir por meio da leitura sistemática de textos edificantes, de filmes e programas culturais que conduzem à virtude, do estudo aprofundado de filósofos que ensinam a arte de bem viver e da convivência com pessoas inteligentes e de boa vontade, que podem ajudar nessa árdua tarefa de se melhorar dia a dia.
Aqueles a quem falta boa vontade, mas não inteligência, têm a tendência de usar a inteligência em proveito de si próprio, sem se preocupar com o crescimento dos demais e da coletividade. Sua inteligência é, então, inútil, pois acabará prejudicando a si próprio, pois repudiará toda opinião contrária à sua, tornando-se um indivíduo egoísta.
A boa vontade, portanto, é a maneira mais adequada para viver bem consigo mesmo e para viver bem os relacionamentos.


A ARTE DA FELICIDADE

Atinge-se a felicidade praticando-a. Para praticar a felicidade é preciso produzir bons pensamentos constantemente; é preciso exercer controle sobre os pensamentos. A mente é o único território sobre o qual temos controle. Não podemos querer controlar nosso cônjuge, nossos filhos, nossos pais, nem a sociedade em geral, mas temos como controlar o que passa em nosso cérebro, mantendo sempre uma postura mental positiva e produzindo pensamentos úteis. Não se trata de repetir a si mesmo o quão feliz pode-se ser, mas sim de pensar como se produzisse textos que serão publicados e lidos por milhares de pessoas. Nesses textos, a nossa missão é transmitir confiança e otimismo, ou seja, a própria felicidade; só que o receptor desses textos somos nós mesmos. Se todos os dias pensarmos nessa ação (a de produzir textos mentalmente a nós mesmos), treinaremos nosso cérebro para aprimorar o raciocínio a cada dia.
Comece com pequenos textos de uma ou duas linhas. Pense-os e, depois, transcreva-os num papel. Repita essa operação sistematicamente, que, em pouco tempo, perceberá quão capaz de evoluir é sua mente. Se não desistir, certamente em médio prazo, produzirá textos mentais (e escritos também) de qualidade invejável. Tente e verá que é possível.


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