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Copom deve abandonar o centro da meta de inflação

05 jul 2004 às 11:00
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O Banco Central publicou no dia 30 de junho o Relatório Trimestral de Inflação referente ao 2º trimestre deste ano. No relatório, o Bacen declara que sua previsão de inflação para 2004 passou de 5,2% para 6,4%, ou seja, a meta central deste ano determinada em 5,5% não será cumprida, mas ainda assim ficará dentro do intervalo de tolerância de 8%, o que significa admitir que o Copom deverá utilizar a margem permitida.
Em relação ao relatório do 1º trimestre, o Bacen alterou as projeções tantos dos preços livres quanto dos preços administrados. A projeção dos preços livres passou de 4,4% para 5,9%. Já a projeção dos preços monitores foi alterada de forma mais moderada, passando de 7,3% para 7,7%.
O Bacen justifica a alteração na projeção devido aos seguintes fatores: "...aos efeitos da volatilidade recente no cenário externo, com realinhamento da taxa de câmbio, expectativas de pressões mais duradouras nos preços do petróleo no mercado internacional e conseqüente elevação das expectativas de inflação dos agentes para 2004 e 2005".
Apesar disso, o Bacen declara que o Copom vai perseguir o centro da meta e, ainda, afirma por diversas vezes que o panorama atual da economia brasileira permite uma recuperação sustentada "sem que isso implique em pressões que comprometam as metas de inflação estabelecidas".
É certo que se o Bacen não admitisse que vai utilizar a margem de tolerância da meta de inflação, mesmo que de forma implícita, haveria necessidade de se elevar a taxa de juros doméstica para forçar as expectativas de mercado e a inflação corrente a convergirem para o centro da meta, mas no cenário atual a hipótese de elevação da Selic está descartada.

PROJEÇÕES PARA OS PREÇOS ADMINISTRADOS:Em comparação com o relatório do primeiro trimestre deste ano, o Bacen revisou também suas projeções para as variações dos preços administrados para o ano todo de 2004 e para cada serviço separadamente.
• Administrados geral – passou de 7,3% para 7,7%.
• Combustíveis – manteve 9,5%;
• Gás de botijão – reduziu de 10% para 6,9%
• Energia elétrica – revisão para 11% contra 6,9%;
• Telefonia fixa – manteve 6,1%, mas o anúncio feito hoje (30/jun) pela Anatel foi de 6,89% e passa a vigorar dia 02 de julho, ou seja, 0,79 p.p. acima do previsto;

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EXPECTATIVA PARA SELIC NOS PRÓXIMOS MESES:As alterações nas projeções de inflação tanto dos preços livres como dos preços administrados apontando para um valor acima da meta, ratificam nossa expectativa de manutenção dos juros básicos (Selic) em 16% ao ano até o mês de agosto.

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Créditos: Alexsandro Agostini Barbosa é economista da Global Invest


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