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EUA: inflação em queda e atividade econômica em alta

18 ago 2004 às 11:00
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Ontem (17/ago) foram divulgados indicadores que medem o nível de preços e de atividade econômica nos Estados Unidos. Enquanto os dados de inflação apresentaram queda ou estabilidade, os dados de nível de atividade registraram melhora da economia, mesmo que de forma moderada. Com esses resultados o comitê que decide o futuro dos juros nos EUA (FOMC) continuará com sua postura de elevação gradual dos juros, podendo, inclusive, optar por manutenção em setembro caso o preço do barril do petróleo retorne para níveis próximos dos US$ 40.

INFLAÇÃO:
A inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA referente ao mês de julho apontou queda de 0,1% ante uma variação positiva de 0,3% no mês de junho e de +0,6% em maio. Já o núcleo (CPI Core), índice que exclui os itens Energia e Alimentos, ficou estável em relação ao mês anterior: 0,1%.
A taxa de variação acumulada nos últimos 12 meses terminados em julho do CPI caiu para 2,9% contra 3,2% registrada em junho. A taxa do Core, por sua vez, vem se mantendo estável em 1,8% desde abril, fato que sugere uma acomodação dos preços livres, ou seja, a recuperação da economia no ano passado e no primeiro semestre deste ano ainda não são fatores de preocupação.
Tanto o resultado do CPI quanto o do Core ficou abaixo da média das expectativas do mercado, que apontava +0,1% para o CPI e +0,2% para o Core. Com esses resultados nossa expectativa de elevação gradual dos juros básicos é reforçada, ou seja, o FOMC deverá subir os juros a conta gotas até o final deste ano. Aliás, já na reunião de agosto alguns analistas trabalhavam com a possibilidade de manutenção dos juros na reunião de setembro.
É certo que a preocupação com relação a trajetória de inflação, principalmente devido a alta do preço do petróleo, persistirá no médio prazo, no entanto, essa preocupação certamente será amenizada no curto prazo.
Vale ressaltar que o nível atual da inflação é muito inferior ao período de desaceleração da economia norte-americana, ou seja, ainda que a trajetória da inflação seja de alta, mesmo que por fatores exógenos, ainda há espaço para o FOMC manter seu discurso de elevação gradativa dos juros, fato que transfere aos mercados emergentes menos volatilidade em seus ativos (ex: câmbio e bolsa).

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ATIVIDADE ECONÔMICA:
O Banco Central norte-americano (Federal Reserve - FED) e o Departamento de Comércio divulgaram hoje (17/ago) os resultados da produção industrial, nível de utilização da capacidade instalada na produção e número de novas construções referentes ao mês de julho. Todos os resultados revelam que a atividade econômica está aquecida, porém, em um ritmo mais moderado que o esperado pelos analistas.
A produção industrial apresentou alta de 0,4% em relação a junho (dados dessazonalizados), no entanto, ficou abaixo da média das expectativas do mercado que estavam em 0,5%. Vale destacar que a produção industrial de junho havia registrado queda de 0,5%.
O nível de utilização da capacidade instalada, por sua vez, subiu para 77,1% em julho contra 76,9% em junho, mas ainda assim ficou abaixo da média das expectativas do mercado: 77,5%.
O Departamento de Comércio divulgou os dados de casas em construção (housing starts) nos últimos 12 meses terminados em julho. O número subiu para 1,978 milhão em julho contra 1,826 milhão de junho e, ainda, ficou acima das expectativas do mercado: 1,900 milhão.

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Créditos: Alexsandro Agostini Barbosa é economista da Global Invest


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