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Sem irmãos

Aprenda como ensinar filhos únicos a partilhar

Redação Bonde*
08 fev 2011 às 12:53

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- Reprodução
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Pesquisas revelam que nos últimos 30 anos os casais vem diminuindo a quantidade de filhos e hoje a tendência mundial é famílias com filhos únicos. Com isto, os pais têm que aprender a lidar com os problemas que esta escolha traz para o único filho.
Veja a seguir os erros e acertos mais comuns e saiba como fazer com que seu filho saiba partilhar e ser generoso com o próximo

De acordo com o IBGE, o Brasil já pode ser considerado uma nação de filhos únicos. Dados de pesquisa realizada em 2008 revelam que a média de filhos das famílias brasileiras já é de 1,8. Normalmente, a tendência está diretamente relacionada a falta de tempo ou de dinheiro para criar mais filhos. Mas também existem as mães que pararam no primeiro filho porque se separaram do companheiro. Outras tomaram a decisão devido as decepções pós parto como síndrome do pânico e depressão.

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O argumento de dar do bom e do melhor para o filho é uma espécie de mantra dos atuais pais de filho único. Mas esse raciocínio é traiçoeiro, alerta a psicóloga e terapeuta familiar Lidia Aratangy, de São Paulo. "O desejo é ilimitado", lembra ela. "Pais que têm o projeto de dar tudo, exceto um irmão, estão negando a única coisa que somente eles poderiam oferecer à criança. Um irmão pode ensinar uma lição preciosa: que o ódio mais intenso não mata o amor. No dia seguinte à briga, os irmãos já estão de mãos dadas. Esse aprendizado é fundamental para a vida", completa Lidia.

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Como cada vez mais famílias engrossam as estatísticas do filho único, uma geração de crianças terá que aprender lições de civilidade e partilha de outra maneira – e esse aprendizado está a todo vapor, na prática, todos os dias.

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Pais devem ter consciência de que como seu filho não tem irmãos para partilhar, eles deverão ensinar este conceito em tarefas e atividades extras da criança.


Aqui, está outra tendência dos pais de filho único: organizar para a criança uma vida repleta de eventos, na tentativa de afastar uma pressentida solidão. "A criança acaba fazendo tanta coisa que não tem tempo para o que é básico: brincar", alerta o psiquiatra Edson Engels, de São Paulo, observando que esse comportamento afeta também famílias com mais filhos. "Essa sobrecarga pode ainda gerar pessoas com alto grau de inteligência racional e pobres em inteligência emocional".

A psicóloga Lidia completa: "é importante levar em conta as preferências da criança, deixando de lado os próprios sentimentos. Vale também estimular a opção por esportes coletivos, que ensinam a trabalhar em equipe e ajudam a criar laços fraternos". Fonte: Revista Cláudia*


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