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Relação moderna

Até onde a amizade entre pais e filhos é saudável?

Redação Bonde
09 out 2012 às 09:54

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- Reprodução
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Nos últimos anos, é cada vez maior o número de adolescentes que consideram pais e mães seus melhores amigos. Embora pareça maravilhosa, essa relação de amizade precisa ser ponderada para que haja apenas ganhos e não cause prejuízos ao relacionamento e desenvolvimento de cada um.

Antigamente, os pais e mães eram vistos como autoridades, ou seja, não havia uma relação de troca, de amizade e afeto, porém, com o passar do tempo os pais se permitiram estar mais próximos dos filhos, conversar sobre os mais variados assuntos e trocar experiências. Esta alteração de postura dos pais também gerou uma mudança de visão dos filhos. Mais flexíveis e amáveis, pais e mães deixaram de ser temidos e passaram a ser respeitados.

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Esta relação moderna, entre pais mais atenciosos, flexíveis, e filhos que possuem liberdade de se expressar, opinar e escolher, é saudável, se conduzida de forma responsável e limitada. Apesar desta mudança comportamental, algumas características do relacionamento precisam ser mantidas e reformuladas. Algumas particularidades essenciais para construir uma amizade positiva são:

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Hierarquia - Esta condição deve ser mantida e respeitada, mesmo com este novo modelo de relacionamento. Os pais são sempre os pais e devem estar abertos a escutar os filhos sobre diversos assuntos, compartilhar experiências e não abusar de sua autoridade, mas jamais deixar de lado o papel de líder, educador, de pai que ensina, coloca limites, pontua atitudes positivas e negativas, aconselha, atua como um direcionador. A ausência da hierarquia no relacionamento entre pais e filhos iguala os papeis e isso é uma perda incalculável para o filho. Muitos amigos se farão ao longo da vida, mas pai/mãe é um só, e precisa ser presente, reconhecido para a formação da autoestima do filho.

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Espaços - Ambos precisam respeitar o espaço do outro. O filho precisa passar por experiências que os pais já passaram para aprender, ou seja, é essencial que ele faça amizades fora do círculo familiar, que tenha suas próprias experiências e conheça o mundo a partir de seu próprio olhar, diferente do que aconteceria se estivesse sempre na companhia do pai/mãe.


Papéis - A manutenção de todo e qualquer relacionamento depende do cumprimento das funções designadas ao papel que cada um possui e assume. Na relação de amizade abusiva entre pais e filhos, muitas vezes os papéis se invertem. É comum hoje ver a situação em que um pai/mãe se mostra imaturo ou está carente e faz do filho seu melhor amigo, confidente, que adota os amigos dos filhos como seus próprios amigos, passando a acompanhá-los frequentemente. Os filhos destes pais geralmente amadurecem rápido para cuidar e zelar por eles, o que em circunstâncias normais seria o contrário. Esta inversão de papéis é extremamente prejudicial ao desenvolvimento do filho e a estrutura da família, sem falar que tal inversão acaba sendo motivo de piada.

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Admiração - Esta é uma característica indispensável para a construção de um referencial. Portanto, quando a amizade entre eles é excessiva, os filhos acabam não os vendo como exemplos, tendo assim que buscar um referencial e até apoio em outras pessoas que não fazem parte da vida deles, como avós, tios, pais de amigos, chefes, entre outras pessoas.


Respeito - É essencial que o filho respeite os pais como pais, mas isto acaba se perdendo também quando o filho não enxerga neles a figura admirável, protetora, inspiradora, o apoio para as horas de dificuldade. Isso se perde quando há um excesso de intimidade, porque ambos compartilham dos mesmos amigos, dos mesmos passeios, baladas, experiências.


Colocar limites, respeitar os espaços, permitir a descoberta de experiências, respeitar as funções, admirar é um conjunto de ações que precisa ser regulada com sabedoria no relacionamento de amizade entre pais e filhos. É saudável pais, mães, filhos e filhas terem diálogo, admiração e confiança, mas não é positivo quando um adolescente que ainda não possui uma base deixe de ter um pai e passe a ter mais um amigo. É imprescindível que as fases dos filhos sejam plenamente vividas e com relativa privacidade, e sejam reconhecidos e respeitados os limites do papel de pai/mãe e do amigo para que a relação só acrescente na vida da família e não desestruture.

*Por Roselake Leiros, especialista em comportamento humano, com mais de 15 mil horas de atendimento. É consultora, palestrante e diretora da CrerSerMais - Desenvolvimento Humano (www.crersermais.com.br).


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