Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) comprovou que as mulheres tornam-se mães cada vez mais tarde. O percentual de registros de nascimentos de mães com 30 anos ou mais, subiu de 23,3%, em 2000, para 28,2%, em 2010. No mesmo período, o percentual de registro de mães com idade inferior a 25 anos caiu de 52,5% para 45,9%.
Conquistar a estabilidade financeira e o amadurecimento da relação do casal podem ser as principais causas do adiamento da gravidez. Mas, segundo Edison Tizzot, obstetra e ginecologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, o melhor período para engravidar é antes dos 35 anos, pois as possibilidades são maiores. "O organismo materno está mais preparado para receber o futuro bebê e as mudanças no corpo da mãe tornan-se mais fáceis para voltar ao normal", explica o médico.
Após essa fase, o organismo feminino e o próprio bebê tendem a apresentar riscos na gestação. Para o Dr. Tizzot, a faixa ideal para a gravidez é até os 34 anos. Depois desta idade, a gestante apresenta disponibilidade a doenças, principalmente, a hipertensão arterial, diabetes e as tireoideopatias. "Estas doenças trazem riscos tanto para mãe quanto para o bebê, podendo levar a prematuridade", ressalta o especialista.
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Outro fator importante para ser considerado é a maior incidência de doenças genéticas no bebê, como: a Sindrome de Down. "Probabilidade que aumenta consideravelmente após os 38 anos de idade", destaca o médico.
As mulheres grávidas com mais de 35 anos devem ter um acompanhamento médico diferenciado. "O pré-natal é realizado com um número de consultas mais próximas, principalmente no último trimestre de gravidez", orienta o médico. Já os casais que apresentam alto risco familiar para doenças genéticas devem receber aconselhamento genético prévio a gravidez ou para a realização de exames especiais, para a triagem de doenças genéticas após a gravidez ter iniciado.
As atividades físicas podem ser grandes aliadas das futuras mamães. "A realização de exercícios orientados, em especial os aeróbicos, são fundamentais para uma gravidez com saúde. As modificações que ocorrem no corpo da grávida exigem uma adaptação progressiva e, para que isto se faça suavemente, a atividade física deve sempre ser estimulada", ressalta o ginecologista.
Tecnologias
Várias técnicas estão sendo estudadas para ajudar as mulheres a terem filhos, principalmente, aquelas que optaram por ser mães depois dos 35 anos ou mesmo aquelas que possuem algum problema de saúde. "A especialidade de Reprodução Humana evoluiu muito nos últimos anos. Atualmente, a ciência disponibiliza técnidas de fertilização in vitro com bons resultados. Lembrando sempre, que as suas indicações e possibilidades de sucesso devem ser feitas individualmente. Pois, inúmeros fatores podem estar associados e a melhor escolha será sempre analisada criteriosamente caso a caso", recomenda o médico.
A técnica de congelamento de tecidos do ovário pode ser uma das opções para as mulheres submetidas a tratamentos quimioterápicos ou radioterápicos, que podem comprometer a fertilidade futura. "Durante a técnica é feito o congelamento dos óvulos de um ovário previamente estimulado, armazenando-os em recipientes contendo nitrogênio líquido para manter-se baixas temperaturas, o que se denomina criopreservação", esclarece Tizzot.