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"Sem Filhos por Opção"

Casais sem filhos no Paraná crescem 83% em dez anos

Redação Bonde
04 set 2012 às 11:52

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- Reprodução
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A família brasileira não é mais a mesma. Se há 30 anos era comum que os casais tivessem 4 ou 5 filhos, hoje esse número, nas famílias mais numerosas, não passa de 3. E a composição da família também mudou. Hoje, a convencional formação pai, mãe e filhos divide lugar com outras formações: apenas a mãe e os filhos, o pai e os filhos, duas mães e um filho ou dois pais e um filho ou simplesmente um casal, sem nenhum filho.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no final da década de 1960, a taxa de fertilidade no Brasil era de cerca de 6 filhos por mulher, passando para 4,5 no final da década de 1970. Em 2010, conforme dados do senso, essa taxa ficou em 1,86 filho por mulher, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher. Não é à toa que o tema "casais sem filhos" vem sendo cada vez mais discutido por sociólogos, filósofos e educadores.

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Foi justamente essa mudança no comportamento e na constituição das famílias, que levou o casal Margareth Moura Lacerda e Edson Fernandes a escrever o livro "Sem filhos por opção", que apresenta dados, inclusive do Paraná. O livro revela que nos últimos dez anos, o número de casais sem filhos cresceu 83% no Estado. Hoje 19,5% dos casais paranaenses não têm filhos.

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Edson Fernandes é doutor em Comunicação, professor universitário, escritor e pesquisador. Já Margareth Moura Lacerda é psicóloga, pedagoga e filósofa.

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A obra, que traça um panorama da família brasileira atual, suas novas configurações e dinâmicas, traz muitos depoimentos de casais e solteiros, dados estatísticos e levantamentos dos autores das áreas de sociologia e psicologia. O objetivo do casal, que já sofreu preconceitos por não ter filhos, é mostrar que, na prática, a condição de vida optada por eles não deve e não pode ser condenada. "Ainda assim, na sociedade contemporânea, é preciso coragem para não ter filhos. Você é visto como um extraterrestre. As pessoas olham como se você não fosse ‘normal’", observam os autores.


Temas como a diminuição do número de crianças no país e o aumento dos idosos não ficaram fora do livro. A nova mulher no século XXI e o seu papel decisivo na sociedade brasileira; a família da nova classe média (50% da população do país, 95 milhões); a nova geração Z (com menos de 17 anos de idade) e suas perspectivas com relação à família; e as novas relações no ambiente virtual, entre outros aspectos, também são abordados.

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Motivos


Segundo pesquisas conduzidas pelos autores, o crescimento no número de casais que não ter filhos nos últimos anos pode ser atribuído a diversos fatores, principalmente à emancipação da mulher. De acordo com o pesquisador, da população economicamente ativa do Brasil hoje, 45% são mulheres que trabalham. "A mulher no final do século 20 e início do século 21 tem projetos que vão além de ter filhos, ela tem outras ambições, que ter uma carreira profissional, ganharr dinheiro", comenta Fernandes.

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Ele também explicou que hoje as pessoas casam tarde e preferem antes dos filhos, ter sua casa e seu carro. Outro ponto é o custo que um filho gera. Segundo ele, hoje para um casal de classe média um filho de 0 a 22 anos pode chegar a custar R$ 1 milhão.


Fernandes também apontou outras questões, como os índices de violência, superpopulação do planeta, recursos escassos, poluição e questões ecológicas como fatores que influenciam na decisão dos casais. "A correria do dia a dia também desestimula. Sem contar que ter filhos vai além de empurrar o carrinho do bebê em um parque. É preciso ter vocação para a paternidade, o que muitos casais não têm", argumenta o autor.

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Outros números


17% da população brasileira é composta por casais sem filhos
5 milhões de solteiros moram sozinhos no Brasil
14 milhões de mulheres não querem engravidar (14% das brasileiras)


Ficha técnica

"Sem Filhos por Opção"
Páginas: 195
Preço sugerido: R$ 49,90


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