Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Sem preconceito

Como falar com as crianças sobre famílias homoafetivas?

Redação Bonde
11 mai 2015 às 13:13

Compartilhar notícia

- Reprodução
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A família tradicional, formada por pai, mãe e filhos vivendo juntos na mesma casa, não é mais o único modelo familiar presente na sociedade brasileira. Conforme dados do Censo 2010 do IBGE, este tipo de organização totaliza 24.690.256 famílias, enquanto o restante das configurações familiares - que incluem casal sem filho, casal sem filhos e com parentes, casal com filhos e com parentes, mulher sem cônjuge com filhos, mulher sem cônjuge com filhos e com parentes, homens sem cônjuge com filhos e com parentes, além da categoria "outros" - totalizam 25.285.679 lares, representando a maioria das famílias brasileiras. O Censo 2010 trouxe, ainda, uma informação inédita: 58 mil pessoas declararam viver em união consensual homoafetiva.

Tais mudanças na sociedade ganham cada vez mais espaço na mídia. As novelas retratam famílias formadas por pais e mães do mesmo sexo e, nos jornais, são cada vez mais comuns as notícias sobre o assunto. Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso do Ministério Público do Paraná e manteve decisão que autorizou a adoção de crianças por um casal homoafetivo de Curitiba. Poucos dias antes, o tema chegou à mídia de forma trágica. Um adolescente, filho de pais homossexuais, acabou morto em uma escola da Grande São Paulo supostamente após ter sido agredido por ter pais gays.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A psicóloga Séphora Cordeiro, do Instituto de Psicologia e Análise do Comportamento (PsicC), explica que o assunto ainda causa estranhamento porque a mudança de uma sociedade é lenta. "Estamos falando da mudança de valores e regras sedimentadas e propagadas, principalmente dentro da família, que é a considerada a menor célula da sociedade e bastante ligada à igreja, que em muitos casos ainda tem preceitos bastante ortodoxos", analisa.

Leia mais:

Imagem de destaque
Ex-BBBs

Viih Tube revela se pretende ter mais filhos e expõe planos com Eliezer

Imagem de destaque
Fátima e Will

Aline Wirley e Igor Rickli apresentam filhos adotivos ao público

Imagem de destaque
SAIBA O MODELO IDEAL

PRE reforça a obrigatoriedade de cadeirinha e assento elevado para crianças

Imagem de destaque
Bombeiros orientam

Confira 5 dicas para evitar acidentes domésticos com crianças nas férias


Diante da atenção voltada ao tema, como conversar com as crianças sobre as famílias diferentes, inclusive formadas por pais do mesmo sexo? Séphora destaca que, acima de tudo, é preciso deixar claro que uma relação homoafetiva é baseada no sentimento que chamamos de amor. "Um lar é um lar, uma família é uma família, por mais que algumas pessoas tentem desvirtuar isto dando ênfase maior ao sexo dos envolvidos. Quando somos capazes de observar mais de perto estas relações, vamos perceber que existe uma rotina igual à de qualquer família. É isso que deve ser destacado às crianças", orienta.


A psicóloga lembra que os pais homossexuais também possuem uma tarefa árdua de proteger e orientar os filhos contra o preconceito. "A orientação deve ser feita a todo momento, com muito carinho e amor para que a criança consiga desenvolver autoconfiança e autoestima. É preciso reforçar o cuidado para que não se sintam inferiores a qualquer outro indivíduo", diz.

Diante das mudanças da sociedade, Séphora analisa que as leis devem cada vez mais contemplar as novas configurações familiares. "As leis que defendem apenas o modelo tradicional de família acabam institucionalizando o preconceito. A sociedade dá sinais de aceitação dos indivíduos homossexuais e a lei deve seguir o mesmo caminho", defende.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo