Já passou o tempo em que proibir era a única alternativa encontrada pelos pais para administrar a segurança de seus filhos na internet. Desde que recursos chamados Controle dos Pais (Parental Control) começaram a ser embutidos em tecnologias de antivírus, as famílias passaram a estabelecer limites de acesso a determinados conteúdos online, sites e até mesmo de horário para as crianças e adolescentes navegarem.
No entanto, o que as empresas de segurança como a McAfee sempre ressaltaram é a importância de discutir e negociar essas regras com os jovens internautas. De nada adianta criar bloqueios no computador de uso comum na casa se não estiver muito claro para os filhos os motivos das proibições e, principalmente, os riscos aos quais estão expostos.
É natural que uma criança, em sua inocência, não saiba prever as consequências de suas interações online. Aos pais cabe educá-las também a esse respeito. Quando os pequenos passam a usar seu blog como se fosse o seu diário, eles muitas vezes não esperam que as informações postadas ali sejam acessadas também por pessoas mal-intencionadas. E não são apenas os perigosos pedófilos que fazem plantão virtual em busca de vítimas. Há cibercriminosos que utilizam Engenharia Social para recolher dados em redes sociais, páginas pessoais e softwares de mensagens instantâneas com o objetivo de praticar atos criminosos.
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Por outro lado, os adolescentes que muitas vezes têm mais conhecimento em informática do que seus pais, mas desconhecem o quão podem estar vulneráveis na internet, encontram facilmente maneiras de burlar os bloqueios definidos pelos pais em seus computadores. De acordo com estudo realizado pela Harris Interactive, encomendado pela McAfee, 63% dos jovens sabem como ocultar suas atividades online de seus pais e 32% deles limpam o histórico do navegador de seus computadores depois de acessarem alguns sites.
Muitos jovens também optam por navegar na web onde não há políticas de segurança definidas como na casa de amigos ou parentes, lan houses ou até mesmo em suas escolas.
De que adianta, então, proibir sem educar? A internet é fundamental para entretenimento, socialização e até para o processo de aprendizado dos jovens. Isto é uma evolução irreversível e saber como se comportar online é necessário para todos, inclusive para os pais que precisam orientar seus filhos. Disciplina é sempre o caminho mais seguro!
Como especialista em segurança na internet, recomendo reconhecer o potencial das ameaças virtuais como perigos reais e suas consequências, tais como o crescente número de crianças vítimas de propostas sexuais pela web, de jovens que sofrem intimidação virtual (ou cyberbullying), de pais que vêm seus dados pessoais e confidenciais expostos na internet em redes sociais, de pedófilos que atuam por sites de relacionamento e software de mensagens instantâneas e de pessoas que sofrem roubo de identidade, humilhações ou assédio moral online.
O próximo passo para, enfim, oferecer liberdade aos filhos na web é adotar uma solução de monitoramento de suas atividades online ao invés de simplesmente configurar bloqueios eletrônicos no computador utilizado por eles. Isto permite saber quais sites os filhos acessam e, portanto, a quais riscos estão vulneráveis, podendo dessa forma, dar as orientações mais adequadas, promovendo um diálogo transparente e deixando as regras de uso da internet muito claras. Pense nisso!
*Por Por José Matias, gerente de suporte técnico para clientes domésticos e corporativos da McAfee do Brasil desde 2003 . Para mais informações acesse o site http://www.mcafee.com/br.