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Sujar faz bem!

Excesso de limpeza pode prejudicar crianças, diz estudo

BBC Brasil
24 nov 2009 às 15:10

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- Reprodução
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Adultos devem permitir que as crianças se sujem porque o excesso de limpeza pode prejudicar a capacidade da pele de se recuperar após ferimentos, indica um estudo feito por cientistas americanos.

Segundo os pesquisadores, bactérias que vivem normalmente na pele ativam um mecanismo que ajuda a prevenir inflamações quando nos machucamos.

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Se comprovada, a revelação pode servir como base para a "hipótese da higiene", segundo a qual a exposição a germes no início da infância fortalece o organismo contra alergias.

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Muitos especialistas acreditam que a obsessão por limpeza na sociedade moderna estaria por trás de uma explosão em casos de alergia em países desenvolvidos.

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Bactéria 'boa'


A equipe de pesquisadores de Richard Gallo, professor da School of Medicine da University of California, em San Diego, identificou um mecanismo segundo o qual uma molécula encontrada em estafilococos – um tipo de bactéria presente naturalmente na pele - inibe a inflamação excessivamente agressiva da pele após um ferimento.

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Os estafilococos – que são destruídos por desinfetantes e sabão - podem causar infecções se conseguirem entrar dentro do organismo das pessoas, mas na pele essas bactérias vivem sem causar problemas.


"Na verdade, esses germes são bons para nós", disse Gallo, que utilizou culturas de células de ratos e de seres humanos na pesquisa.

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"A implicação do trabalho é que ele oferece uma base molecular para que entendamos a ‘hipótese da higiene’ e revela elementos da resposta cicatrizadora do ferimento que eram desconhecidos anteriormente."


"Isso pode nos ajudar a criar novas abordagens terapêuticas para doenças inflamatórias da pele", disse o especialista.


O estudo, publicado na edição online da publicação científica Nature Medicine.

Uma porta-voz para a entidade beneficente para estudos de doenças alérgicas Allergy UK disse que há cada vez mais evidências de que a exposição a germes seja uma coisa positiva, mas acrescentou que são necessários mais estudos.


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