Se o seu filho franze a testa, apertando os olhos para enxergar objetos distantes, ou tem dor de cabeça depois de um esforço visual, fique alerta, ele pode ter desenvolvido algum problema visual. Especialistas recomendam que o dignóstico precoce é o melhor aliado no combate às doenças de visão.
Segundo informações da Sociedade Brasileira de Oftamologia Pediátrica, é durante os dois primeiros anos de vida que se desenvolve 90% da visão de uma criança. Esta fase o bebê aprende a fixar, a movimentar os olhos de maneira conjunta e a perceber profundidade.
De acordo com o oftalmologista Anderson Hiroshi Kusumoto, toda e qualquer alteração durante essa fase que não tenha sido corrigida pode acarretar prejuízos para o resto da vida. ''O diagnóstico é complicado, porque exige a atenção dos pais, parentes e professores já que dificilmente a criança se queixa de alguma dificuldade'', destaca. Por isso, a observação é grande aliada.
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Segundo Kusumoto, a Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica recomenda que o exame ocular (teste do olhinho) seja feito logo ao nascer, aos 6 meses, 2 anos, 4 anos, 6 anos (fase de pré-alfabetização) e anualmente após esta idade para detectar qualquer problema visual.
O médico enfatiza que a principal patologia a ser combatida é a ambliopia, (visão preguiçosa), que pode levar à cegueira se não tratada. Acrescenta que a ambliopia ocorre quando há privação de boa qualidade de imagem no período do desenvolvimento visual, com uma preferência de um olho em relação ao outro.
''Ela pode ser causada por diferença de graduação com uma imagem mais embaçada que a outra; presença de estrabismo (desvio dos olhos nas posições horizontal ou vertical) onde a fixação ocular é sempre feita por um dos olhos; e barreiras visuais como, por exemplo, opacidade na córnea (leucoma) ou no cristalino (catarata congênita) e ptose congênita (queda da pálpebra).
O oftamologista esclarece que o tratamento da ambliopia vai inicialmente, buscar a eliminação da dificuldade na formação da imagem adequada como: prescrição de óculos, retirada da catarata ou cicatrizes e correção do estrabismo com lentes ou cirurgia. ''Após a patologia devidamente tratada, é fundamental a utilização de tampão no olho bom para estimular a visão do outro olho'', acrescenta.
A presença dessas alterações é, na maioria das vezes, observada somente pelo médico oftalmologista em um exame de rotina, mas a atenção dos pais quanto ao sintomas é fundamental. ''A criança tem dor de cabeça ou mal-estar durante ou após ler e assistir TV, franze da testa ou aperta os olhos para enxergar objetos distantes; além disso, ela aproxima muito os livros ou cadernos do rosto e apresenta desinteresse pelas atividades escolares'', diz Kusumoto.
O médico alerta que quanto mais rápido o atendimento, maiores as chances do problema ser tratado e corrigido.