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Riscos e cuidados

Nascimento de prematuros cresce quase 30% em dez anos

Redação Bonde
17 dez 2009 às 09:58

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- Reprodução
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Levantamento do Ministério da Saúde sobre nascimento de bebês prematuros, aponta que o número de casos cresceu 27% em dez anos no Brasil. No Paraná, em 2008 nasceram 300 bebês prematuros a mais que no ano anterior, informa a Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. No Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, nascem por mês cerca de 30 bebês prematuros. ''Como somos um serviço de referência, o percentual de prematuros é maior que o habitual, ficando em 10 a 15% a mais do que partos normais'', conta a pediatra Eliana Kuchpil Branco.

Os bebês prematuros exigem uma série de cuidados que somente atendimento especializado pode garantir. Além dos aparelhos e exames que controlam todas as funções do corpo do bebê até que ele possa ir para casa, é fundamental que a equipe médica responsável seja completa e cuide de todos os detalhes.
Nas últimas décadas os avanços nos cuidados dos prematuros foram muito acentuados. Eliana comenta que atualmente existe uma melhor compreensão da fisiologia dos prematuros, como seu funcionamento e as diferenças do bebê maior. Por isso, é muito importante haver treinamento contínuo para capacitar e atualizar o conhecimento dos profissionais envolvidos.

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Além disso, é fundamental ter equipamentos modernos como as incubadoras (que servem para manter a temperatura do organismo do bebê), aparelhos para respiração artificial e, principalmente, uma substância chamada surfactantte, que é decisiva para o tratamento da principal complicação do prematuro, chamada de imaturidade pulmonar.

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Atendimento diferenciado ou cuidados especiais

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O atendimento adequado ao prematuro extremo é muito complexo e envolve muitos fatores. Os prematuros são expostos a estímulos externos totalmente diferentes dos experimentados intraútero como: ruídos, luz, manipulação e procedimentos dolorosos que podem influenciar a maturação e organização neurológica. A médica explica que o HNSG individualiza os cuidados dos recém-nascidos, diminuindo os ruídos, proporcionando períodos com menor luminosidade e estimulando a participação dos pais no tratamento. "Nossa estrutura da UTI neonatal está sempre se modernizando para prestar atendimento adequado ao prematuro e, principalmente, ao prematuro extremo".
Os procedimentos nos prematuros extremos (que nascem antes de 28 semanas) são muito delicados. "A equipe precisa estar preparada para dar apoio emocional aos pais e aos familiares que acompanham de perto a recuperação do filho".


Riscos reduzidos

Para reduzir os riscos de partos prematuros, a pediatra orienta ter o acompanhamento periódico de um obstetra. As consultas de pré-natal permitem identificar se a mãe tem fatores de risco, alguma doença que possa ser tratada e, principalmente, fazer o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento do bebê no útero materno através de exames como a ecografia.


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