O papa Francisco editou um decreto que abre oficialmente os ministérios do acolitato e do leitorato, também chamados de "ordens menores", às mulheres.
A medida está em um motu proprio assinado por Jorge Bergoglio e busca aumentar a participação das fiéis femininas na vida litúrgica. Antes desse decreto, mulheres já exerciam as funções de acólita e leitora, mas isso dependia de uma autorização do bispo responsável.
O novo decreto de Francisco institucionaliza a abertura desses dois ministérios. Acólitos são seminaristas ou leigos que auxiliam o padre ou diácono no altar e na distribuição da hóstia. Já o leitor participa da liturgia da palavra.
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"A escolha de conferir também às mulheres essas funções, que comportam uma estabilidade, um reconhecimento público e o mandato por parte do bispo, torna mais efetiva a participação de todos na obra de evangelização", escreveu o papa em uma carta ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria.
No entanto, Bergoglio ressaltou que a Igreja "não tem a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres". No Sínodo da Amazônia de outubro de 2019, bispos chegaram a sugerir a ordenação de diaconisas para combater a escassez de sacerdotes na floresta, mas Francisco rejeitou a proposta.
O diaconato é considerado um ministério ordenado, assim como o presbiterado (padres) e o episcopado (bispos). "Uma distinção mais clara entre as atribuições daqueles que hoje são chamados de 'ministérios não-ordenados' [acolitato e leitorato] e os 'ministérios ordenados' permite tirar a exclusividade dos primeiros aos homens", escreveu Francisco.