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Maternidade arriscada

Partos ao redor do mundo são realizados precariamente

BBC Brasil
13 abr 2011 às 09:06

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O executivo da ONG ressalta que cuidados básicos já garantem a sobrevivência do bebê. Secá-lo e ajudá-lo a respirar são técnicas indispensáveis - Reprodução
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Na semana passada a ONG britânica Save the Children (salve a criança) revelou que um terço das mulheres do mundo dá à luz sem a ajuda de especialistas. O relatório estima que se houvesse mais 350 mil parteiras no mundo, elas poderiam salvar a vida de 1 milhão de bebês anualmente. Enquanto na Grã-Bretanha apenas 1% das crianças nasce sem que o parto seja assistido por especialistas, essa porcentagem sobe para 94 na Etiópia e para 76 em Bangladesh.

"Não deveria ser algo complicado: alguém que saiba como secar o bebê corretamente e a ajudá-lo a respirar pode fazer a diferença entre sua vida e morte", diz Justin Forsyth, executivo-chefe da Save the Children. A ONG cobra ações da ONU e de governos doadores a países subdesenvolvidos, pedindo que apoiem e financiem o treinamento de mais parteiras.

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Segundo o relatório, a asfixia ao nascer é responsável por mais mortes de bebês do que a malária. "Com treinamento e equipamentos corretos, parteiras podem monitorar a frequência cardíaca do feto e identificar problemas durante o parto", diz o texto.

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No total, a Save the Children calcula em 48 milhões o número de mulheres que, anualmente, dão à luz sem auxílio adequado, aumentando os riscos de morte tanto da mãe quanto do recém-nascido.

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O Brasil não é citado pelo relatório.


Afeganistão

O Afeganistão é apontado como o pior país do mundo para se ter um bebê, segundo a ONG britânica. Ali, a taxa de mortalidade infantil é de 52 a cada mil nascimentos vivos (no Brasil, essa taxa é de 19,88), e 20% das crianças morrem antes de completar cinco anos. Muitas dessas mortes são ocasionadas por práticas tribais, como colocar recém-nascidos no chão, o que traz risco de infecções, para espantar maus espíritos.


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