Alan Souza Silva, de 20 anos, adorava o campo. O amor era tanto pelo meio rural que entre os planos para o futuro estava morar no sítio, ter uma fazenda. Neste ano a preparação era para ingressar num curso técnico de auxiliar de veterinária. Mas tantos sonhos e alegrias acabaram carregados repentinamente, dando lugar ao vazio e o sofrimento. O jovem morreu nesta semana em decorrência da Covid-19. Foi a pessoa mais nova a perder a vida para a doença em Londrina.
Morador da zona sul, Alan havia começado a trabalhar recentemente como entregador numa empresa da área de alimentação. Era o responsável por levar os gêneros alimentícios frios para mercados. "Os patrões tiveram sintomas, mas não procuraram médico ou fizeram exames. O Alan chegou a falar para os meus pais que estava com medo. Na sequência foi ele que começou a ter sintomas”, relatou a irmã do rapaz, a enfermeira e confeiteira Mayara Souza Silva.
Os sinais tiveram início no dia 11 de fevereiro com dor de cabeça, mas evoluíram dia após dia, deixando o jovem debilitado. Segundo Mayara, somente depois do irmão adoecer e do resultado sair positivo é que os empregadores fizeram o teste, que também confirmaram a presença do coronavírus. A mulher ficou internada, enquanto que o homem segue na UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
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Ventilação mecânica
No entanto, a recuperação não veio e a entubação precisou ser feita na madrugada do dia três de março. Acabou sofrendo uma parada cardiorrespiratória durante a manhã, não resistiu e faleceu. Ele não tinha nenhuma comorbidade. Entrou para a triste e difícil estatística dos óbitos pela Covid-19, fazendo parte de uma tendência já alertada pelas autoridades em saúde: o avanço da doença sobre o público jovem, que têm progredido para as formas mais graves.
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